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| Foto: MOHAMED MESSARA/EFE

O balanço oficial de vítimas do ataque terrorista perpetrado ontem no centro da Tunísia confirmou 23 vítimas mortas e outras 47 feridas, divulgou nesta quinta-feira pelo ministro de Saúde, Said Saidi. O ministro disse que das 23 pessoas mortas, 18 eram turistas estrangeiros, além de um policial, um motorista de ônibus, uma faxineira do museu e dois terroristas.

A polícia tunisiana deteve nove pessoas suspeitas de terem envolvimento no atentado. Fontes de Segurança tunisianas confirmaram que os suspeitos estão detidos para interrogatório para tentar esclarecer quem ordenou o atentado que comoveu a Tunísia.

O governo confirmou que quatro dos detidos estão diretamente envolvidos no ataque terrorista e os cinco restantes podem ter conexões com esse grupo jihadista, publicou a imprensa local citando fontes oficiais.

Além disso, forças especiais prosseguem com a investigação em bairros do entorno da capital e nas zonas montanhosas vizinhas à fronteira com a Argélia, uma área militar fechada na qual o exército tunisiano luta há meses com grupos jihadistas provenientes do Sahel.

Os atiradores, mortos pela polícia durante a operação de resgate dos reféns mantidos em um museu, foram identificados como como Yassine Abidi e Hatem Khachnaoui. O ministério do Interior afirmou que “provavelmente” os dois homens são tunisianos. Um deles, Abidi, havia chamado a atenção dos agentes de inteligência da Tunísia anteriormente, mas não se sabia de “nada específico” sobre ele, disse Essid.

O governo não dispõe de mais informações sobre os indivíduos, mas destacou a possibilidade de haver dois ou três cúmplices que ainda estariam foragidos. Nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque e não há evidências que indiquem vínculos entre os atiradores e algum grupo radical.

Vítimas

Dois turistas espanhóis foram encontrados nesta quinta no Museu do Bardo de Túnis depois que passaram a noite escondidos dentro do estabelecimento, ao lado de um funcionário da instituição, após o atentado, informaram as autoridades. Um funcionário do museu, Lassaad Bouali, “escondeu dois turistas espanhóis em um escritório”, afirmou um representante da Proteção Civil. As autoridades tunisianas não explicaram como as três pessoas não foram encontradas durante a operação de revista no Museu do Bardo após o ataque.

Solidariedade

Na noite de quarta, milhares de pessoas foram às ruas em Túnis para condenar o ataque e expressar solidariedade às vítimas. Outros protestos estão marcados para esta quinta-feira. Diversos países também condenaram o ataque e ofereceram ajuda à Tunísia. Em nota, o governo brasileiro condenou “com veemência” o “covarde” atentado e repudiou qualquer ato de terrorismo contra civis.

O ataque teve início às 12h30 locais (8h30 de Brasília) nesta quarta e terminou cerca de três horas depois quando policiais invadiram o museu e mataram os atiradores, libertando reféns. O Museu do Bardo, alvo do ataque, é uma das principais atrações turísticas da Tunísia e conta com uma importante coleção de mosaicos romanos. Este foi o pior atentado dos últimos 13 anos na Tunísia, um dos mais países mais seculares no mundo árabe.

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