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Cláudio Tencati, técnico do Londrina: mata-mata diminui a diferença técnica entre pequenos e grandes do futebol paranaense | Roberto Custodio/ Jornal de Londrina
Cláudio Tencati, técnico do Londrina: mata-mata diminui a diferença técnica entre pequenos e grandes do futebol paranaense| Foto: Roberto Custodio/ Jornal de Londrina

O Campeonato Paranaense 2014 abriu a porteira para as zebras. Após cinco anos adotando sistema de pontos corridos com os campeões de cada turno, caso necessário, enfrentando-se na decisão, essa edição do Estadual resgata o mata-mata na fase final. A mudança de regulamento, pelo menos em teoria, aumenta a emoção do torneio e escancara a chance de uma equipe do Interior fazer estrago contra os grandes e, quem sabe, até levantar a taça.

A última vez que um clube pequeno comemorou um título foi em 2007, quando o Paranavaí derrotou o Paraná e conquistou seu único estadual. Quatro anos antes, o mesmo Vermelhinho alcançou a fase mais importante da competição, mas perdeu para o Coritiba.

Vice em 2006, o extinto Adap também decidiu contra o Tricolor. Em todos os casos, os interioranos beneficiaram-se do mata-mata para surpreender. Cenário que eles esperam repetir na centésima edição do estadual.

"Não há dúvida. Vejo grande oportunidade para os times do Interior. Esse sistema abre essa possibilidade de as zebras aparecerem", fala Cláudio Tencati, técnico do Londrina – o Tubarão venceu do regional pela última vez em 1992, também com playoffs para definir o campeão.

"Por que não uma zebra fantasma para apavorar um pouquinho os adversários?", brinca Jorge Nunes, gerente-geral do Operário, candidato à surpresa na competição. O clube já foi vice-campeão 14 vezes.

O outro lado da moeda, entretanto, também assusta os pequenos. Se o mata-mata eleva – e muito – a possibilidade de uma campanha histórica, o rebaixamento também fica mais perto de qualquer um deles. Antes, eram 22 rodadas para definir o descenso. Agora, são apenas 11 para colocar um time que largou mal no torneio da morte. Depois, são três confrontos entre os quatro piores para oficializar os rebaixados.

"Quem não ganhar os primeiros jogos já fica em desvantagem. Nós, por exemplo, temos três dos quatro primeiros duelos fora de casa. E em casa jogamos com o Coritiba. É osso, meu irmão", destaca Lio Evaristo, técnico do Arapongas. "Por um lado é bom, mas pelo outro diminui o tempo do campeonato e nosso calendário", emenda o atacante Marquinhos Cambalhota, do Cianorte.

Outro fator que empolga os times do Interior é a utilização de equipes alternativas por Coritiba e Atlético. No ano passado, por exemplo, o sub-23 do Furacão só deslanchou no returno. Com menos tempo recuperação, o risco é dobrado. "Se piscarem o olho, ficam fora dos oito", avisa Tencati.

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