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Vilson Ribeiro de Andrade criticou sócios que deixaram de pagar o clube | Antônio More / Gazeta do Povo
Vilson Ribeiro de Andrade criticou sócios que deixaram de pagar o clube| Foto: Antônio More / Gazeta do Povo

A queda de rendimento do Coritiba no Brasileirão – chegou a ser líder em três rodadas – refletiu no aumento na taxa de inadimplência dos planos de associados do clube. Uma situação que deixa o presidente Vilson Ribeiro de Andrade na bronca com os "sócios de resultado".

"Em três meses perdemos cerca de 5 mil sócios. Isso representa um furo no fluxo de caixa terrível para o clube. Nós temos cerca de 22 mil sócios fiéis e o restante são sócios de resultado", reclamou o mandatário coxa-branca à Gazeta do Povo.

O Alviverde prevê normalmente uma taxa de inadimplência entre 8% e 12%. Agora, porém, a porcentagem de sócios que não estão pagando as mensalidades saltou para aproximadamente 30%.

É que o Coxa passou a contar com o dinheiro dos associados. Com o clube chegando a duas finais de Copa do Brasil consecutivamente, o total de sócios bateu nos 30 mil no ano passado. Diante disso, a receita proveniente dos carnês dos torcedores ultrapassou a que a agremiação recebe de patrocínios e da Rede Globo pelos direitos de transmissão do Brasileirão.

"Não só apostamos como dependemos do sócio. O Flamengo e o Corinthians, por exemplo, conseguem fazer renda. Jogam lá em Brasília e levam milhões em renda", lamentou Andrade. "Entendemos [o lado emocional do torcedor], mas para o clube, indo bem ou mal, a despesa já está realizada. O torcedor não entende isso. Ficamos reféns dessa situação."

A prioridade financeira do Coxa neste ano tem sido pagar impostos. Mensalmente uma boa parte do que entra vai para fechar essa lacuna. Ou seja, se a receita diminui, outros setores são obrigados a apertar a conta, inclusive o futebol.

Por isso, o Coritiba tem tido dificuldades para colocar em dia os acertos de direito de imagem com alguns jogadores. O que chegou a ficar atrasado por oito meses, no caso do atacante Deivid, por exemplo, está sendo equalizado aos poucos. As parcelas mais recentes do acordo feito com o jogador, referentes a agosto e setembro, foram quitadas.

Seis atletas recebem direito de imagem. O restante somente os salários – estes pagos em dia segundo o presidente. Até janeiro de 2014, para racionalizar as contas, a diretoria pretende acabar com o pagamento de direito de imagem, restringindo o pagamento aos atletas a somente o que está na carteira de trabalho.

"Da nossa folha de pagamento, [o direito de imagem] representa em torno de 15%. Mas estamos evitando isso ao máximo porque traz muitos transtornos e deixa um passível trabalhista significativo", explicou Andrade.

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