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Celso Roth foi confirmado ontem como o novo técnico do Coritiba: aposta na experiência do gaúcho para o clube ter um bom segundo semestre | Diego Vara/ Agência RBS
Celso Roth foi confirmado ontem como o novo técnico do Coritiba: aposta na experiência do gaúcho para o clube ter um bom segundo semestre| Foto: Diego Vara/ Agência RBS

Direção

Alviverde fecha com ex-gerente de futebol de Bahia e Botafogo

Além de Celso Roth, a reformulação no Alto da Glória também atinge os bastidores. Ontem à noite, o presidente Vilson Ribeiro de Andrade fechou os últimos detalhes com o gerente de futebol Anderson Barros (foto), que já está em Curitiba e será apresentado na próxima terça-feira, juntamente com Roth.

Barros estava no Bahia até dezembro. Antes, trabalhou por cerca de quatro anos no Botafogo. Muito querido pelos jogadores e comissões técnicas no clube carioca, não desfrutava do mesmo carinho com a torcida alvinegra.

É de pouquíssima exposição à imprensa, mais reservado inclusive do que outros executivos do futebol, como Felipe Ximenes, que esteve no Coritiba até 2013.

Barros ficou marcado no Botafogo por contratações muito contestadas como as de Somália e Léo (ex-Santa Cruz). Mas também foi responsável pela chegada de jogadores como o uruguaio Loco Abreu, que virou ídolo no clube, além do badalado reforço do holandês Seedorf.

A falta de resultados do time respingou no dirigente que, em dezembro de 2012, após desgaste com a diretoria, deixou General Severiano. De maio a dezembro de 2013, trabalhou no Bahia.

O Coritiba recorre à experiência para se refazer. Após a traumática eliminação no Estadual, o Coxa reviu seu orçamento e a rotina de promover novos treinadores e foi buscar o gaúcho Celso Roth para as disputas da Copa do Brasil e do Brasileiro.

Sem atuar desde dezembro de 2012, quando deixou o Cruzeiro, o técnico assume o clube na próxima segunda-feira. Notório em impor boas arrancadas aos seus times e armar defesas robustas, o treinador de 56 anos assume o posto de Dado Cavalcanti, 32, demitido no início da semana, com a missão de trazer um alívio rápido ao abatido Coritiba.

O acerto revela uma revisão no orçamento alviverde. Com o oitavo salário mais alto do Brasileirão 2012, quando deixou o Cruzeiro (R$ 300 mil), Roth não tem o perfil de oferecer descontos e chegou a recusar várias propostas durante esse período sabático em que aproveitou para acompanhar o futebol na Europa e Amé­­rica Latina.

Procurado para substituir Mar­­quinhos San­­tos em setembro de 2013, foi descartado exatamente por causa dos valores. Além de manter o seu "piso" de R$ 300 mil, o treinador traria quatro integrantes da comissão técnica, aumentando ainda mais as despesas. Desta vez chegam com o novo comandante o auxiliar Beto Ferreira e o preparador físico Paulo Paixão, da seleção brasileira.

Com o acerto, o Coritiba interrompe também uma política de aposta em técnicos promissores como Dorival Júnior, Ney Franco e Marcelo Oliveira – os mais recentes que viram a carreira deslanchar após passarem pelo Alto da Glória. O último medalhão a trabalhar no clube foi contratado há uma década. Antônio Lopes esteve no clube de janeiro de 2004 a maio de 2005. Seu substituto foi Cuca, que trazia no currículo a boa campanha pelo São Paulo, quando chegou até as semifinais da Libertadores um ano antes.

"O interesse existia desde o ano passado, mas não conseguimos trazê-lo. Agora tivemos a felicidade de contratar o Celso. Pelas competições que o Coritiba vai disputar e pelo grupo que temos, podemos almejar algo a mais e por isso havia essa necessidade de ter um profissional de experiência maior. Essa característica foi fundamental para escolhermos ele", explicou o vice de futebol do clube, Paulo Thomaz de Aquino.

Apesar de passar à margem do carisma, Roth descarta o perfil carrancudo e se assume como uma pessoa extremamente tímida. Em campo, é reconhecido no mercado pela seriedade, profissionalismo e por ser bastante trabalhador. Fora, aprecia música erudita, dança e um bom blues.

Formado em Edu­­cação Física, Roth começou no futebol como preparador físico e estreou no comando técnico em 1988, no Al Qadsia, do Kuwait, ficando seis anos no exterior – sub-21 da Indonésia e do Catar, Al Etihad e Al Ahli. Seu primeiro clube brasileiro foi o Brasil de Pelotas, em 1995. Entre as principais conquistas estão a Copa Sul (1999), com o Grêmio em cima do Paraná, em pleno Pinheirão, e os títulos gaúchos com Grêmio (1999) e Inter (1997). À frente do Colorado chegou à glória com a Libertadores 2010 e também ao vexame no mesmo ano com a eliminação diante do Mazembe, no Mundial de Clubes.

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