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Pachequinho (dir.) segue o que já fez o também ex-jogador Dirceu Krüger (esq.) e tenta salvar o Alviverde agora como treinador. | Antônio More/Gazeta do Povo
Pachequinho (dir.) segue o que já fez o também ex-jogador Dirceu Krüger (esq.) e tenta salvar o Alviverde agora como treinador.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A escolha de Pachequinho como técnico do Coritiba até o fim da temporada carrega um simbolismo muito forte. Em diversas oportunidades em sua história, o clube apelou – por estratégia ou pura falta de opção –, a seus ídolos e ex-jogadores em momentos de extrema dificuldade. Faltando quatro rodadas para o término do Brasileiro, o ex-atacante é a esperança da vez.

Após um primeiro semestre ruim, incluindo a perda do título do Paranaense para o Operário, em pleno Couto Pereira, o técnico Marquinhos Santos foi demitido para dar lugar a Ney Franco. A vinda de um treinador com identidade com a torcida – caiu com o time em 2009 e levou-o de volta à Série A em 2010 – não foi suficiente para resolver o baixo rendimento da equipe.

Pachequinho então assumiu com o status de interino e em três dias de treinamentos devolveu a confiança no Alto da Glória. A atuação contra o Corinthians é prova disso. Tanto que a diretoria atendeu aos apelos da torcida e apostou em Pachequinho até pelo menos o fim do ano. A permanência dele para 2016 é uma incógnita.

Apesar de admitir que a efetivação de Pachequinho veio após a recusa de um dos potenciais novos treinadores, o presidente do clube, Rogério Bacellar, deu força ao novo treinador e espera contar o sucesso dessa tradição alviverde em formar seus treinadores.

“Temos de preparar dentro de casa os nossos futuros treinadores. O Coritiba, desde o início dessa gestão, demonstrou interesse em profissionalizar o departamento de futebol. Estamos fazendo isso, mas trazendo para o elenco a garra, a dedicação e o amor à camisa. O Pachequinho transmite isso muito bem”.

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O último caso bem-sucedido de uma aposta como essa foi em 2013. Após a demissão de Péricles Chamusca, com o Coxa na porta da zona do rebaixamento (mesma pontuação do 17.º colocado) e faltando três rodadas para o fim, Tcheco teve sua primeira experiência com a prancheta.

As duas vitórias e um empate somados, além de salvarem o time do rebaixamento, impulsionaram o ex-jogador, hoje técnico do sub-23, ao posto de potencial técnico da equipe no futuro. Seu nome, inclusive, era bem cotado para assumir o lugar de Ney Franco, mas a diretoria optou por Pachequinho pela convivência que ele já tinha com o grupo.

O ídolo alviverde que mais vezes teve a incumbência de comandar o Coritiba – principalmente em meio às crises – foi Dirceu Krüger. Depois de uma vitoriosa carreira como jogador, ele treinou o Alviverde, interinamente ou como técnico efetivo, por 185 vezes ao longo das décadas de 80 e 90. Referência para o próprio Pachequinho, Krüger é o exemplo bem-sucedido de identificação de ex-jogador com o time.

Outros casos são bem peculiares. Na década de 70, Capitão Hidalgo assumiu o comando da equipe ainda como jogador. Treinou o time por duas vezes, no Brasileirão de 74 e no Paranaense de 75, quando o time sagrou-se campeão estadual. Hidalgo, portanto, foi campeão como jogador e técnico.

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Já na década de 50, Fedato, atendendo a um pedido dos colegas de grupo, assumiu o time interinamente quando Felix Magno fez uma viagem, sem data para voltar. O trabalho de Fedato também ocorreu de maneira simultânea ao fim de sua carreira como jogador.

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