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Destaque dos treinos durante a semana, Keirrison não quis enfrentar o Figueirense. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Destaque dos treinos durante a semana, Keirrison não quis enfrentar o Figueirense.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Mesmo sem entrar em campo neste sábado (31), o atacante Keirrison se tornou o principal personagem do empate do Coritiba em 1 a 1 com o Figueirense, resultado que complica a luta da equipe contra o rebaixamento. Durante a semana, o jogador foi um dos destaques nos treinos, principalmente nos trabalhos de finalização. Mas ao ser relacionado para enfrentar a equipe catarinense, o atacante pediu ao técnico Ney Franco para não ir para o jogo.

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A decisão de Keirrison causou posicionamentos diferentes do treinador e do diretor de futebol Valdir Barbosa. Após a partida, enquanto Ney Franco preferiu preservar o atacante, o cartola partiu para cobranças mais ríspidas com o jogador.

Ney Franco manteve certa discrição na entrevista coletiva após o empate. O técnico afirmou que o jogador, que está recuperado de uma lesão no joelho, treinou com o time normalmente durante a semana, mas o procurou antes da partida dizendo que não tinha condições de jogar.

“Fizemos a convocação e ele treinou normalmente na sexta, se colocando à disposição. Quando saiu a lista, ele me procurou e de maneira respeitosa disse que não tinha condições ideais de ir pro jogo. Pedimos para ele ir, mas temos que respeitar a vontade do atleta”, aponta Ney Franco.

O treinador afirma que a decisão de Keirrison seria avaliada internamente. Entretanto, Barbosa não poupou críticas ao atleta, formado nas categorias de base do Coxa. O diretor de futebol chegou a usar de ironia, falando dos salários pagosna sexta-feira (30), para dizer que Keirrison não tinha nenhum argumento para não estar com o grupo.

“Fizemos a quitação dos salários ontem (sexta). Ele deve ter ido verificar o saldo e ainda não tinha caído. Aí pediu para não concentrar, dizendo que não estaria pronto para hoje”, criticou Barbosa.

Irritado com a decisão do atacante. Barbosa ainda afirmou que irá conversar com o presidente Rogério Bacellar e a comissão técnica sobre qual postura o clube adotará com Keirrison.

“Não quer jogar, não vai jogar. Mas ele tem um contrato para cumprir. Foi uma decisão individual e perigosa. Ele se precipitou. Tinha que ter jogado, independente do salário estar em dia ou não, e depois ter procurado o que fazer”, enfatizou o homem forte do futebol no Alviverde.

Em setembro, o jogador notificou extrajudicialmente a diretoria do Coxa por não receber em dia. Ao todo, Keirrison alegava no mês retrasado que teria R$ 600 mil a receber, entre 13.º salário vencido, férias, e as remunerações de maio, junho, julho e agosto deste ano.

A reportagem procurou o empresário de Keirrison, Naor Malaquias, que disse não conhecer o motivo do pedido do jogador e nem das críticas de Barbosa. “Não sei o que aconteceu. Vim para o jogo e não vi o Keirrison”, justificou.

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