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Alex Souza (esquerda) e o amigo Panela:homenagem a Alex | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Alex Souza (esquerda) e o amigo Panela:homenagem a Alex| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Com a bola nos pés, com a camisa 10, respeita a camisa que o revelou / Cruzeiro, Palmeiras, também seleção, foi lá para a Turquia e se consagrou / Canhota no couro, menino de ouro, arranca da galera o grito de gol / Nação coxa-branca, canta bem forte, alegre e contente, o Alex voltou (...) Mais valioso que relógio Rolex... É o craque Alex / A bola no pé gruda mais que durex... É o craque Alex / Entrega a bola mais rápido que o sedex... É o craque Alex / É fera em campo, no lar é relax... É o craque Alex.

Craque Alex,  música de Alex Souza e Panela.

O compositor Alex Souza desconfiou quando recebeu um telefonema. Do outro lado, apesar da voz inconfundível, ele hesitou um pouco em acreditar que estava mesmo falando com Fagner. Mas era o cantor famoso que pedia a autorização do curitibano para gravar a sua inusitada composição: uma homenagem ao ídolo coxa-branca Alex.

Escute a música 'Craque Alex'

A história da composição começou ainda em 2013. Souza foi convidado por Diogo Portugal, humorista, coxa-branca e fã de Alex, para gravar um programa para a internet chamado Aperte o Pause. Com humor, a ideia era abordar um aspecto diferente da vida de um convidado. O tema neste caso foi o samba, uma das paixões do então camisa 10 alviverde.

"Quando recebi o convite, fiquei pensando em fazer uma música. Falei com o meu parceiro Panela [o também compositor Sidney Gonzaga] trocamos uma ideia no dia do programa e na semana seguinte nos encontramos na frente da casa do Alex . Terminamos a música ali mesmo na rua", contou.

O homenageado gostou da canção batizada de Craque Alex e juntos começaram a planejar a gravação. Foi quando jornalista Marcos Neves, responsável pela biografia do agora ex-jogador, resolveu mostrar a música para o seu amigo Fagner durante um churrasco no Rio.

"Na hora ele me ligou. Foi até engraçado, porque achei muito estranho. Foi uma surpresa", contou o curitibano, com a versão confirmada pelo cantor nordestino. "Eu gostei da música na hora e como sou fã do Alex, me interessei em gravar. O Alex é um jogador em extinção e a aposentadoria dele vai nos privar dessa qualidade", elogiou Fagner. Apaixonado por futebol, ele foi um dos padrinhos do Malutrom – clube originário do J. Malucelli – e é sócio benemérito do clube, por causa da amizade com os dirigentes Joel e Juarez Malucelli.

"Tem a frase que diz que ‘nada é tão ruim que não possa piorar’. No meu caso foi ao contrário: ‘nada é tão bom que não possa melhorar’", definiu o compositor ao contar sobre a ligação um tempo depois de Zeca Baleiro, convidado por Fagner para formar dupla na gravação da música em homenagem ao jogador.

"Ele me ligou e marcou de me conhecer quando veio se apresentar em Curitiba", lembrou, desta vez não tão surpreendido com o interlocutor badalado. "Não estava mais tão longe da realidade", conta .. Na companhia de Alex, foram acompanhar a passagem de som do cantor e definiram os detalhes sobre a música, cuja gravação ganhou certa urgência por causa da aposentadoria do craque.

O arranjo precisou ser alterado para se adequar ao tom de voz dos cantores. Zeca Baleiro é torcedor do Santos, enquanto Fagner apoia o Fortaleza e o Fluminense, no Rio. Os dois músicos já atuaram juntos em outras composições ligadas ao futebol, como Canhoteiro, que homenageia José Ribamar, jogador do São Paulo na década de 50. "Agora estamos programando para fazer a gravação oficial em janeiro", adiantou Fagner.

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