Del Nero é condenado a pagar R$ 300 mil a ex-árbitro Wagner Tardelli por “Caso Madonna”

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Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, foi condenado a indenizar o ex-árbitro Wagner Tardelli em R$ 300 mil por danos morais. A polêmica ocorreu antes da última rodada do Brasileiro de 2008, quando Tardelli foi impedido de apitar o jogo decisivo entre São Paulo e Goiás, acusado de suborno. O episódio ficou conhecido como o “caso Madonna”.

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A decisão de condenar Del Nero foi da juíza Maria Cristina Barros Gutiérrez Slaibi, da 3ª vara Cível do Rio de Janeiro. Segundo o processo, a falsa acusação foi realizada quando Del Nero comandava a Federação Paulista de Futebol (FPF).

Em telefonema ao então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Del Nero teria informado que, antes do jogo decisivo entre São Paulo e Goiás, Wagner Tardelli teria recebido um envelope dos dirigentes do Tricolor com ingressos para o show da cantora americana Madonna, que seria realizado no Estádio do Morumbi, nos dias 18 e 20 de dezembro.

Depois da denúncia de aliciamento por parte Marco Polo Del Nero, a Comissão de Arbitragem realizou um novo sorteio e Jaílson Macedo Freitas foi escolhido como o árbitro da partida. O São Paulo venceu o Goiás por 1 a 0, em Brasília, e conquistou o título do Campeonato Brasileiro 2008.

Tardelli prejudicou o futebol paranaense

Meses antes da polêmica com Marco Polo Del Nero, o árbitro Wagner Tardelli realizou uma arbitragem bastante criticada no jogo entre Internacional e Paraná, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2008. O time gaúcho goleou o Tricolor por 5 a 1, no Estádio Beira Rio, mas o placar acabou contestado.

O condutor da partida não marcou um pênalti em cima do meia Everton, expulsou o lateral direito Ângelo e não deu o cartão vermelho para o volante Magrão, do Internacional, após forte entrada em cima do zagueiro Daniel Marques. Atuação que prejudicou o time paranaense.

A falta de critério do árbitro incomodou o então treinador do Paraná, Paulo Bonamigo, que criticou a atuação de Wagner Tardelli. “É triste, acho que o Internacional não precisava de forças ocultas. Mas todo mundo viu o que aconteceu. Duas expulsões, um pênalti no Everton que ele não deu e depois houve uma falta do Magrão, na minha frente, e ele ignorou”, afirmou após a partida.