• Carregando...
 | /
| Foto: /

O jogo da volta pelas semifinais da Série D de 2014 entre Londrina e Brasil de Pelotas foi em 1º de novembro do ano passado, mas as consequências da confusão generalizada que marcou a partida perduram até hoje. Para esta sexta-feira (27) está marcado mais um julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) envolvendo as duas equipes.

Segundo o advogado Domingos Moro, que defende o Londrina, não se trata de uma análise de recursos, e sim de desdobramentos do primeiro julgamento. “Quando a promotoria anexou as provas naquele primeiro julgamento [em novembro do ano passado], foram evidenciadas novas infrações de pessoas que a princípio não haviam sido denunciadas”, explicou.

Contra o Tubarão pesa a acusação de não tomar todas as providências possíveis para impedir o lançamento de objetos no campo de jogo. A infração ao artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil. O pouco elucidativo texto do artigo 191, inciso I – “Deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de obrigação legal”, é citado contra o Londrina e contra o Brasil de Pelotas.

Os integrantes das equipes na época da partida também estão entre os denunciados. O então gerente de futebol do Tubarão, Alex Brasil, é acusado de ter praticado agressão física durante a partida. Ele foi filmado por um cinegrafista da RBS mandando que o profissional parasse de gravar e que apagasse os vídeos da memória da câmera. Na sequência, o equipamento vai ao chão. Em entrevista ao JL na época, Brasil explicou a agressão como um “mal-entendido”.

O roupeiro do Londrina, Sidnei Schelian e o lateral-esquerdo do Tubarão, Diego Prates, também estão na lista dos denunciados. “O [então gerente de futebol] Alex Brasil acabou sendo protagonista dentro da confusão. O roupeiro foi agredido pelo goleiro gaúcho, mas ele não deveria estar naquele local naquele momento”, detalhou Moro.

Pelo lado dos gaúchos, além do clube, apenas o atleta Márcio Jonatas Dias será julgado.

Mando

Durante o julgamento no STJD, o advogado Domingos Moro pretende verificar quais são as datas nas quais o Londrina deverá cumprir as punições de perda de mando de campo. Ao todo, o clube foi punido em quatro partidas – duas de portões fechados e duas em estádios a 100 km de distância de Londrina.

Uma divergência no entendimento da aplicação destas punições não está deixando o cenário muito claro, alegou Moro, e pode trazer implicações para a partida entre Londrina e Santos, marcada para o próximo dia 17 pela Copa do Brasil. Se não puder contar com a torcida no Estádio do Café, o prejuízo estimado é de pelo menos R$ 500 mil.

De acordo com Moro, no fim do ano passado foram discutidas alterações no regulamento geral das competições. Entre essas possíveis mudanças estaria o cumprimento das perdas de mando de campo.

“Havia uma corrente que queria a punição na primeira competição organizada pela CBF, qualquer que fosse. Na época achei isso errado, e defendi que a punição no Campeonato Brasileiro fosse cumprida no Campeonato Brasileiro, e não na Copa do Brasil. Em janeiro desse ano voltaram atrás, e ficou como era. Só que tudo está muito confuso, e queremos uma definição por escrito do STJD”, disse Moro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]