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Arena Condá lotou para homenagem à Chapecoense. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Arena Condá lotou para homenagem à Chapecoense.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Nesta quarta-feira (30), às 21h45, a Chapecoense estaria frente a frente com o Atlético Nacional, da Colômbia, em busca do maior título da história do clube de Santa Catarina. O trágico acidente aéreo no caminho a Medellín arrancou o sonho do Verdão do Oeste, mas os clubes finalistas da Copa Sul-Americana encontraram uma maneira de se unir no momento antes reservado à decisão.

Em Chapecó e em Medellín, no horário da partida, torcedores brasileiros e colombianos lotaram, respectivamente, a Arena Condá e o Estádio Atanásio Girardot. A distância de mais de 4 mil quilômetros pareceu desaparecer em prol de um único objetivo: homenagear as 71 vítimas fatais da tragédia e prestar solidariedade à Chape.

FOTOS: Veja imagens da Arena Condá na quarta-feira de homenagens

FOTOS: Confira a histórica festa organizada pelos colombianos em prol da Chape

Na cidade catarinense, foram exibidos vídeos com alguns dos principais pontos turísticos do mundo iluminados em verde e branco, enquanto a hashtag #ForçaChape iluminava o local que recebeu cerca de 20 mil pessoas. Uma missa foi rezada no centro do gramado na presença de familiares e amigos das vítimas.

Em Medellín, onde o acidente aconteceu e os seis sobreviventes ainda estão internados, a equipe colombiana organizou uma bonita homenagem com discursos exaltando a Chape, mas também momentos de silêncio. Flores, velas, lenços e camisas brancas predominaram na praça esportiva com 45 mil torcedores. Uma multidão ainda ficou do lado de fora.

“Nunca se esqueçam do hino da Chape: nas alegrias e nas horas mais difíceis, meu Furacão tu és sempre um vencedor”, disse o pastor que participou da cerimônia em Chapecó.

Os jogadores da base do clube, embalados pelo “indiozinho Condá” – o mascote mirim do clube – levantaram a torcida na Arena Condá ao som de “é campeão”. Carlos Miguel é o nome do garoto. O pai dele, Alessandro Garcia, disse que comprou o cocar para o filho numa decisão de campeonato entre a Chape e o rival Avaí. Desde então, o “pequeno índio” virou xodó e foi homenageado até pela Fifa. “Ele não consegue acreditar, pergunta toda hora se os amigos estão vivos”, conta.

Exatamente às 21h40, horário em que os jogadores entrariam em campo, atletas que não viajaram com a delegação apareceram no gramado. O terceiro goleiro Nivaldo era o mais emocionado e chorou durante toda a volta olímpica.

Nos dois eventos, os nomes das vítimas foram anunciados um a um. Na sequência, muitos gritos e aplausos. Em Medellín, houve ainda uma “chuva” de flores arremessadas pelos presentes. Uma força imensa para confortar a Chape em uma noite digna de verdadeiros campeões.

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