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Por malandragem, Paraná envelhece

A experiência pode ser uma aliada do Paraná na busca pela primeira vitória na Série B. Se comparar a média de idade dos titulares, em apenas três meses, o time "envelheceu".

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A divulgação do balanço contábil do Paraná, com base no exercício financeiro de 2011, escancarou a política de gestão do futebol tricolor: nenhuma aquisição de jogador, elenco à base de parcerias e corte de gastos com as categorias de base. Tudo sem diminuir o saldo de despesas.

De acordo com o documento, veiculado no site oficial paranista, o clube terminou o ano passado com déficit de R$ 1,7 milhão, mas comemora a redução no endividamento comparado a 2010, quando fechou a conta com R$ 7 milhões no vermelho. Curiosamente, apesar dos drásticos cortes, os gastos com bola (ver gráfico) pouco oscilaram.

Na temporada que marcou o rebaixamento tricolor à Série Prata do Paranaense e com o risco de rebaixamento à Série C do Brasileiro, a diretoria abdicou – por exemplo – da aquisição de direitos federativos de atletas. O saldo ao final de 2010 era de R$ 254 mil, passando a zero ao término de 2011. Porém saltou de R$ 594 mil para R$ 3,3 milhões no pagamento de comissões na venda de jogadores.

No departamento de formação de novos boleiros, a agremiação cortou em mais da metade a receita – passando de R$ 845 mil (em 2010) para R$ 368 mil ao final de 2011. Mas o clube lançou a chamada 'provisão para contingência', no valor de R$ 1,9 milhão como expectativa de obrigações resultantes de ações trabalhistas ainda em negociação.

"Essa era a nossa realidade, mas poderíamos mascarar e não incluir esse gasto, como era feito em balanços anteriores", salienta o superintendente Celso Bittencourt. Caso o clube não incluísse essa despesa, no futebol o resultado seria de superávit de R$ 985 mil. "No geral, concluímos que mesmo num momento delicado, conseguimos recuperar as finanças do clube", explica o dirigente.

Apesar de a política contábil fracassar na esfera esportiva, o Tricolor comemora os crescentes ganhos em patrocínio e publicidade no estádio, sócio torcedor, venda de direitos federativos de atletas e renegociação de processos judiciais, que somados renderam aos cofres ganhos superiores a R$ 13 milhões. "Tivemos um bom trabalho de marketing, mesmo o time não empolgando dentro de campo", destaca Bittencourt. A receita no futebol aumentou de R$ 10,2 milhões para R$ 18,6 milhões.

Para 2012, ele revela que os três meses no início do ano sem atividades no futebol profissional fizeram com que o clube adotasse estratégias diferenciadas. "Alongamos o tempo de contratação, iniciando a temporada de compras quando de fato tínhamos calendário. Os valores de cota de tevê também aumentaram para o Brasileiro, o que deve suprir a falta de arrecadação com a transmissão do estadual. Esperamos um resultado melhor que do ano passado."

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