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No curto período em que está no comando, Dado Cavalcanti tenta implantar um estilo para que o Paraná jogue da mesma forma dentro e fora de casa | Antonio More / Gazeta do Povo
No curto período em que está no comando, Dado Cavalcanti tenta implantar um estilo para que o Paraná jogue da mesma forma dentro e fora de casa| Foto: Antonio More / Gazeta do Povo

O Paraná nunca disputou um jogo em Itápolis (SP), onde enfrenta o Oeste hoje, às 21h50, pela terceira rodada da Série B. Há oito anos não entra em campo em Belém (PA), local do confronto com o Paysandu, na terça-feira. Mesmo em um palco inédito e outro há tempos fora da agenda do clube, Dado Cavalcanti quer ver o time atuando como se estivesse na Vila Capanema ou na Vila Olímpica: intenso, marcando e jogando no campo do adversário como se fosse o mandante. Assim, imagina, estará mais perto de cumprir o objetivo de jogar a Primeira Divisão do Brasileiro em 2014.

No rápido processo de montagem do time, Cavalcanti procurou implantar um estilo de jogo que funcione dentro e fora de casa da mesma maneira. Na cabeça do técnico, os três pontos têm o mesmo peso no estádio que for. Ideia assimilada e reproduzida pelo time na vitória por 2 a 0 sobre o ABC, em João Pessoa. E que serve de modelo para os dois próximos jogos.

"Precisamos somar pontos. Os três pontos em casa são os mesmos fora, independentemente de onde ou contra quem vamos jogar. Nas circunstâncias adversas, é preciso ter a inteligência de não arriscar três pontos podendo trazer um. Mas onde for o jogo, começando de 0 a 0, vamos buscar a vitória", diz o treinador.

O discurso de Cavalcanti é reproduzido pelo elenco. Inteligência, intensidade e compactação são termos que saem naturalmente da boca dos atletas ao definir a forma de atuar como visitante. "Essa é a cara do nosso time. Defende com todo mundo e ataca com bastante gente e em velocidade", resume o meia Rubinho.

O histórico da Série B realça a importância do desempenho como visitante. Nos seus dois títulos de Segunda Divisão, o Paraná passou dos 50% de aproveitamento fora de Curitiba: 62,5% em 1992, com a vitória valendo dois pontos, e 52,8% em 2000. Na fase pontos corridos da Segundona, Corinthians (2008), Vasco (2009), Bahia e Coritiba (2010), Portuguesa (2011) e os quatro promovidos do ano passado voltaram de viagem com mais da metade dos pontos disputados na bagagem.

"Com o grupo que a gente tem, é jogar para ganhar sempre e buscar o máximo possível de pontos fora de casa. Para, se acontecer alguma derrota lá na frente, ter gordura para queimar", diz o atacante Paulo Sérgio.

Em princípio, o artilheiro do Operário no Estadual ficará no banco. Cavalcanti quer dar conjunto ao time usado contra ABC e São Caetano. Porém, a exemplo das duas primeiras rodadas, já conta com a hipótese de mudanças por cansaço. Cenário que deve ser acentuado pela mais extenuante viagem do campeonato. Serão 3,2 mil quilômetros só de ida para os jogos contra Itápolis e Belém, com escalas em Campinas e hospedagem em Araraquara. Dificuldade que o treinador não quer ver transformada em barreira.

"Vamos tirar da cabeça o cansaço, pensar no jogo em si e procurar manter a intensidade e o mesmo padrão. É preciso pensar jogo a jogo", diz Cavalcanti, mais preocupado com a força do Oeste em Itápolis. "Dentro da Série B, é uma das equipes que mais sabe usar seu poderio em casa", emenda, com a ideia fixa de como o Paraná deve se portar no Estádio dos Amaros: como se estivesse em casa.

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