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Recuperado de lesão, o atacante Reinaldo volta a ser titular nesta noite, contra o Joinville, na Vila Capanema | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Recuperado de lesão, o atacante Reinaldo volta a ser titular nesta noite, contra o Joinville, na Vila Capanema| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Entrevista

"Não podemos piscar"

Dado Cavalcanti define o jogo contra o Joinville como um daqueles em que é proibido piscar. Um confronto direto, capaz de transformar qualquer vacilo em gol. Para anular as virtudes do JEC e levar o Paraná à vitória, o treinador conta com a boa rotação do elenco e uma sintonia fina com a arquibancada.

O Paraná agora defende esse lugar no G4. Muda alguma coisa?

Talvez mude a forma como os adversários veem o Paraná. A nossa forma de jogar tem de permanecer a mesma, mantendo os pés no chão. Não chegamos a lugar nenhum ainda.

Aposta que o bom momento vai levar o torcedor ao estádio?

É um momento especial que a gente vive. Pelos jogos que fizemos dentro de casa, um torcedor vai chamar o outro. Todos nós estamos fazendo sacrifícios e espero que o torcedor possa comparecer em número maior.

Mesmo com as mudanças, o time tem mantido o rendimento. Qual o peso do elenco na campanha?

Sou privilegiado de ter no banco jogadores que podem entrar a qualquer momento. Talvez você perca entrosamento e quem entra não tem o mesmo ritmo de jogo de quem está saindo, mas a qualidade permanece.

O que preocupa no JEC?

É um time muito consistente, tem variações mesmo sem fazer substituição. Tem um excelente meio de campo, um atacante muito forte fisicamente que sabe fazer gol. Não podemos piscar.

Dado Cavalcanti, técnico do Paraná.

Melhor Defesa

O Paraná tem a melhor defesa da Série B, com sete gols sofridos. Há quatro partidas Luís Carlos não é batido. Nenhum gol tomado em cinco jogos como mandante. Comprovação estatística do ótimo momento defensivo do time, construído não só por quem atua no setor. "Se você for ver o que os nossos atacantes correm, é brincadeira", diz o volante Edson Sitta. "Temos um time compacto, com um ajudando o outro, correndo pelo outro", prossegue.

O Paraná inicia a defesa da sua posição no G4 na abertura da série mais dura no primeiro turno da Série B. O jogo contra o Joinville, hoje, às 21h50, na Vila Capanema, é o primeiro de uma sequência de quatro confrontos diretos nas cinco próximas rodadas. O JEC é o quinto colocado, duas posições abaixo do Tricolor. No fim de semana, os paranistas visitam o líder Palmeiras. Depois, um "refresco" em casa contra o Boa (8.º), viagem para enfrentar a vice-líder Chapecoense e duelo como anfitrião diante do Sport (3.º). Tudo isso com no máximo três dias de intervalo entre uma partida e outra, próximo do desfecho do primeiro turno.

"É um momento de definição, mas não vai acabar o campeonato. É agora que você pontua e não deixa o adversário pontuar, pois são confrontos diretos. O Paraná chega preparado e a gente tem muita confiança de que podemos, ao fim dessa maratona, sobreviver próximo ao G4, ou até dentro do G4, que é o principal objetivo", afirmou o técnico Dado Cavalcanti.

Além da confiança, o treinador conta com a rotação do elenco para fechar a sequência ainda entre os quatro melhores. Anderson e Reinaldo, poupados contra o Atlético-GO, estão de volta; também Ricardo Conceição, que cumpriu suspensão. Na mão inversa, Felipe Amorim deve ficar fora contra os catarinenses. Será poupado para o jogo do fim de semana, contra o Palmeiras. Estratégia similar implantada pelo clube paulista, que preservará Valdívia do confronto de hoje, contra o São Caetano.

Além do Paraná, o Palmeiras terá dois outros confrontos diretos até o fim do primeiro turno, contra Joinville e Chapecoense. Os dois catarinenses (dois duelos) e o Sport (apenas um) também terão menos encontros contra equipes da ponta da tabela que o Tricolor.

"O jogo com o Joinville é de seis pontos e a gente vai precisar do torcedor junto, como 12.º jogador. Tudo que precisamos nessa hora é nos unir e, nessa sequência, buscar uma gordurinha para poder queimar depois", convocou o volante Edson Sitta.

Com a volta de Ricardo Conceição, Sitta será recuado. Voltará a jogar como primeiro volante. Léo também trocará de posição. Centroavante no Serra Dourada, atuará aberto pelo lado direito, espaço usualmente ocupado por Felipe Amorim. Versatilidade que, somada ao tamanho do elenco, tem aumentado o número de opções de Dado Cavalcanti. Contra o Atlético-GO, dois jogadores poucos utilizados foram decisivos: Paulinho Oliveira (com uma assistência) e JJ Morales (dois gols).

Premiação

Bom público na Vila Capanema reforça ‘bicho’ paranista

Leonardo Bonassoli

Além de ver o time em boa fase, o torcedor paranista ganhou outro motivo para ir à Vila Capanema. Quanto maior o público, maior a chance de parte da renda líquida virar a premiação para os jogadores. "Nós fizemos um acordo com o grupo. Eles têm um prêmio fixo, que é igual fora de casa, mas se a porcentagem combinada da renda líquida passar deste valor fixo, esta passa a ser a premiação por resultado", explicou o vice-presidente paranista, Paulo Cesar Silva, que não quis revelar qual é o valor-gatilho e qual o porcentual. Nas vitórias sobre Figueirense e Ceará, com mais de 5 mil pagantes e com renda líquida beirando os R$ 60 mil reais, os atletas tiveram direito ao "couvert" da Vila. A medida não é inédita no Paraná e remonta ao período mais glorioso do clube. Em 1996, na campanha do quarto dos cinco títulos estaduais seguidos do clube, o mesmo expediente foi usado. "Acredito que se tivermos 10 mil torcedores teremos um prêmio legal", concluiu o vice-presidente, que era vice de futebol em 96.

Lance a lance

Paraná x Joinville, 21h50 www.gazetadopovo.com.br/esportiva.

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