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Vila Olímpica vai a leilão para pagar dívida com técnico Ricardo Pinto. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Vila Olímpica vai a leilão para pagar dívida com técnico Ricardo Pinto.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O juiz Mauro Cesar Soares Pacheco, da 19ª Vara Trabalhista de Curitiba, indeferiu, no final da tarde desta quarta-feira (10), o ofício protocolado pelo presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Aílton Araújo (PSC), que pedia o cancelamento do leilão da Vila Olímpica do Boqueirão. O ofício, protocolado na manhã desta quarta, alegava que a área seria inalienável, ou seja, não poderia ser vendida para pagamentos de dívidas do Tricolor.

Segundo Araújo, o fato consta na lei municipal 8.563, de 1994, assinada pelo então prefeito Rafael Greca no dia 12 de dezembro daquele ano, que transferiu a inalienabilidade do antigo estádio do Britânia, no bairro Guabirotuba, para a Vila Olímpica. A mudança na legislação foi pedida pelo próprio Paraná, que vislumbrava a possibilidade de negociar o terreno à margem da Avenida das Torres, o que aconteceu em 1998 para a rede de mercados BIG

“Nada a deferir. O pedido formulado carece de amparo legal”, esclarece em nota a 19ª Vara Trabalhista. Sendo assim, o leilão, cujo dinheiro é para pagar dívida de R$ 450 mil ao ex-treinador do Paraná Ricardo Pinto, deve acontecer normalmente nesta quinta, com valor inicial de R$ 23,2 milhões. O Paraná recorreu da decisão e aguarda que, até o horário do início do leilão, marcado para as 10 horas da manhã de quinta-feira (11), a 19ª vara reveja a decisão.

Antes da decisão emitida pela 19ª vara, Araújo acreditava que o ofício poderia suspender o leilão do terreno. “O imóvel do Britânia possuía essa cláusula de inalienabilidade com a prefeitura, que havia concedido este título ao Britânia. Quando o Paraná percebeu a oportunidade de negócio do local, o clube pediu para transferir o título de inalienabilidade para a Vila Olímpica, que também é uma praça desportiva e, portanto, possui a mesma finalidade”, explicou Araújo, que garante que o Paraná verificou a existência do título no documento de escritura da Vila Olímpica.“Por isso emitimos o ofício. O juiz tem de, imediatamente, suspender o leilão. Enquanto a Vila Olímpica servir para o uso de práticas desportivas, o Paraná é quem fica com a posse”, afirmou o vereador antes da decisão judicial.

Internamente, o Tricolor argumenta que tenta realizar um acordo com Ricardo Pinto para evitar o leilão. A advogada do treinador, Norma Saldanha de Moraes, porém, diz que não chegou a ela a informação de que Ricardo Pinto tenha sido contatado pelo Paraná.

Luiz Ricardo Berleze, vice-presidente jurídico do clube, não quis responder aos questionamentos da reportagem sobre o processo do ex-treinador. Já o superintendente da base e um dos líderes do grupo Paranistas do Bem, Carlos Werner admite que tenta negociar a dívida com Ricardo Pinto, mas que o treinador está irredutível. “Fizemos uma proposta, mas ele quer o valor total. Podemos dizer que nossa proposta é bem interessante”, afirma Werner.

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