• Carregando...
Ângelo Deliberador estava à frente da FEL desde julho, quando substituiu Élber Giovane de Souza | Roberto Custódio / Arquivo JL
Ângelo Deliberador estava à frente da FEL desde julho, quando substituiu Élber Giovane de Souza| Foto: Roberto Custódio / Arquivo JL

O cancelamento da partida entre Portuguesa Londrinense e Sport Campo Mourão no domingo (13) pode ter sido a gota d’água para a saída de Ângelo Deliberador da presidência da Fundação de Esportes de Londrina (FEL).

Em entrevista por telefone ao Jornal de Londrina, ele afirmou que o pedido foi protocolado no início desta segunda-feira (14), por assessores do prefeito Alexandre Kireeff (PSD).

A justificativa para a saída da FEL seria "incompatibilidade administrativa", nas palavras do próprio Deliberador. "Todas as ações que tomamos foram corretas legalmente, mas politicamente podem não ter sido bem interpretadas. O [prefeito Alexandre] Kireeff achou que a imagem da administração municipal estava muito desgastada e recomendou, por meio de assessores, a minha saída."

Deliberador assumiu o comando da FEL em julho, após a saída do ex-jogador de futebol Élber Giovane de Souza. Ele atuava como diretor técnico antes de ser nomeado como presidente.

Portões fechados

No horário programado, Portuguesa Londrinense e Sport Campo Mourão chegaram ao Estádio do Café no domingo (13), para disputar mais uma rodada pela Terceira Divisão do Campeonato Paranaense. No entanto, jogadores, comissões técnicas e equipe de arbitragem se depararam com o estádio fechado. Com isso, a partida teve de ser cancelada.

Em entrevista ao JL no domingo, Deliberador, até então responsável pelo estádio, disse que ele estava fechado porque a equipe londrinense não cumpriu com trâmites burocráticos. A Lusinha não teria agendado a locação. "Na FEL, não consta nada sobre o jogo de hoje [domingo]. Tivemos um grande espetáculo na sexta-feira [jogo entre Palmeiras e Guaratinguetá], precisamos limpar o estádio, cuidar do gramado. Se eles tivessem se programado, poderiam usar o estádio", afirmou Deliberador.

A direção da Portuguesa alegou que o jogo foi marcado pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), mas que a FEL não teria concordado com a realização da partida em Londrina. O motivo seria a dificuldade de entregar o estádio em boas condições após o jogo do Palmeiras. "Nunca vi um estádio dar W.O.", comentou o técnico da Portuguesa, Knário, em entrevista ao JL.

O presidente da Lusinha, Edson Moretti, disse ter uma autorização da FEL, datada de junho, para uso do Café. "Inclusive foi assinado pelo Élber [ex-presidente da Fundação], na época." Segundo ele, a proibição do jogo era conhecida desde sexta-feira. "Ele [Deliberador] negou o uso do estádio irregularmente. O jogo já tinha sido marcado pela Federação [Paranaense] e se tivesse algum problema tinha de avisar a Federação na quarta. Se o jogo foi marcado pela Federação, nossa obrigação é estar no estádio." Questionado sobre como ficará a partida não realizada, ele ressaltou que "o problema não é da Portuguesa, mas da FEL com a Federação".

Em nota encaminhada no fim da tarde de domingo, a FEL negou que a Portuguesa possui contrato de uso do estádio e disse que a FPF foi informada da impossibilidade da realização da partida no Café. A nota também informou que o time londrinense protocolou pedido para o uso de campo após as 16 horas de sexta-feira, desrespeitando o prazo legal, que é de 30 dias de antecedência para que seja feita análise documental e logística.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]