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Giba, entre os dois futuros líderes da equipe: Murilo (à esq.) e Bruno | Reuters
Giba, entre os dois futuros líderes da equipe: Murilo (à esq.) e Bruno| Foto: Reuters

Medalhista de prata na Olimpíada, a seleção brasileira masculina de vôlei chegou nesta quinta-feira ao País com um discurso de valorização do resultado obtido em Londres, mesmo com a derrota, de virada, para a Rússia na decisão, no último domingo, por 3 sets a 2. Com outras duas medalhas olímpicos no currículo - o ouro dos Jogos de Atenas-2004 e a prata dos Jogos de Pequim-2008 -, Giba ressaltou o encerramento do seu ciclo na seleção com a participação em mais uma final olímpica.

"Foi muito bom ter chegado à final olímpica depois de todas as críticas que recebemos na Liga Mundial. Tenho um orgulho muito grande de ter estado ao lado dessas pessoas jogando a final. Tenho orgulho dessa geração. Somos ouro e duas vezes medalha de prata em Jogos Olímpicos. O convívio com esses nomes, essas pessoas, e seus familiares, é motivo de grande orgulho para mim" disse.

Capitão da seleção nos últimos cinco anos, Giba aproveitou para apontar Bruno e Murilo como sucessores na condição de lideranças da equipe. "Quero desejar toda a sorte do mundo para o Bruno e o Murilo, que serão os próximos capitães e líderes desse grupo. Eles terão a responsabilidade de manter a seleção no mesmo nível dos últimos 12 anos", disse.

Também em tom de despedida, Serginho exaltou a sua passagem pela seleção de vôlei e confirmou mais uma vez a decisão de não atuar mais pela equipe. "Esse é o momento de preparar uma nova geração de líberos para as próximas olimpíadas. Sempre vou estar disposto a vestir a camisa da seleção, jamais irei negar uma convocação, mas espero que só me convoquem em casos de extrema urgência. Agora vou torcer para eles e o que eu levo para o resto da minha é a amizade com essas pessoas", comentou.

Bruno fez questão de elogiar os "veteranos" e apontar o convívio com Giba e Serginho como fundamental para uma transição de sucesso da seleção de vôlei, que passará com naturalidade por uma fase de troca de gerações.

"A filosofia, o trabalho, o comprometimento de grandes jogadores vão servir de base para gerações futuras que não terão que começar do zero. A nossa base bem montada de filosofia e dedicação valoriza a camisa do Brasil. Eles, através de muito suor e sacrifício, colocaram o Brasil em primeiro lugar no ranking mundial. Foram três títulos mundiais, três medalhas olímpicas, duas Copas do Mundo, ou seja, eles ganharam tudo", disse.

Já Murilo garantiu estar preparado para suportar a responsabilidade de liderar a equipe. "O fato do Giba ter apontado tanto eu quanto o Bruno como futuros líderes desse grupo, mostra que, ao lado do Dante, nós somos os mais experientes e teremos grande responsabilidade. Teremos que passar essa filosofia implementada pelo Bernardo baseada em muito trabalho e dedicação, que não é muito mistério para manter os resultados desse grupo vitorioso", afirmou.

Ainda avaliando a participação do Brasil na Olimpíada, o assistente técnico Rubinho avaliou que a reta final de preparação foi fundamental para que a equipe conquistasse uma medalha em Londres. A seleção teve um início de ano ruim, com desempenho irregular na Liga Mundial, em que ficou apenas na sexta posição, mas conseguiu ser competitiva em Londres.

"Conseguimos fazer uma boa fase de preparação para os Jogos Olímpicos. Tivemos uma excelente campanha, com um nível convincente, que findou com a chegada à final. Nos classificamos bem na primeira fase, passamos por adversários de grande qualidade e fizemos um jogo extremamente disputado na final", afirmou Rubinho.

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