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Tóquio – Ao chegar a Tóquio, semana passada, o Internacional foi recebido por algumas emissoras de tevê do Japão. Nada, porém, que parasse o aeroporto de Narita. Nada que se pudesse comparar à recepção dispensada ao Barcelona, de Ronaldinho – ou à recepção ao São Paulo, há um ano.

A principal missão dos gaúchos, além de buscar o título, claro, é ganhar popularidade fora do Brasil e da América do Sul e, assim, lucrar com mais vendas de camisa ou propostas para amistosos internacionais. A grande chance é agora, no Mundial de Clubes, em que pode disputar a final dos sonhos diante do Barcelona. Para tanto, os gaúchos precisarão superar o primeiro desafio, hoje, às 8h20 (de Brasília), contra o Al Ahly, do Egito, no Estádio Nacional de Tóquio.

Os jogadores do Inter ficaram admirados com a demonstração de amor dos asiáticos pelo time catalão. E têm consciência de que jogarão também contra a torcida numa eventual decisão com os espanhóis, domingo. Os torneios europeus têm muito mais destaque na Ásia que os sul-americanos. E o Barça já esteve no continente em algumas ocasiões para participar de amistosos de pré-temporada.

"Essa é a grande chance do Inter, um jogo com o Barcelona vai nos dar status, prestígio", afirmou o atacante Fernandão, destaque da equipe brasileira.

O primeiro contato direto dos gaúchos com os japoneses foi na manhã de domingo. A delegação do Inter deixou o hotel para passear no centro de Tóquio e visitou, entre outros pontos, a região de Akihabara, famosa por concentrar inúmeras lojas de eletrônicos de última geração. O simples passeio funcionou como boa estratégia de marketing. O público, apaixonado por futebol, percebeu a presença dos jogadores brasileiros. E, mesmo sem saber seus nomes, correu em busca de fotos e autógrafos. "O contato foi importante, acho que os japoneses vão passar a nos conhecer mais, teremos mais torcida agora", avaliou Fernandão.

O Inter se credenciou para o Mundial com a conquista do título da Libertadores, em agosto. E, na ocasião, não tinha apresentado ao torcedor seu mais jovem ídolo, o atacante Alexandre Pato, ou Alexandre "The Duck", como diz a Fifa.

A equipe brasileira tem amplo favoritismo diante do Al Ahly, que chegou à semifinal do Mundial ao derrotar o Auckland, domingo, por 2 a 0. Os egípcios são dirigidos pelo português Manoel José e não contam com nenhum jogador de grande destaque no elenco. O técnico Abel Braga, que renovou contrato com o Inter por mais um ano, disse que é preciso ter cuidado diante de um adversário que "não tem nada a perder". Mas promete colocar o time gaúcho no ataque desde o início do confronto.

A outra semifinal, Barcelona x América, do México, será realizada amanhã.

Na TV: Al Ahly x Inter, às 8h20, na Globo/RPC, CNT, Sportv e ESPN Brasil.

Em Tóquio

Al AhlyEl Hadary; El Shater (Ahmed), Gomaa, Shady e Emad (Tarek Said); Shadid(Mensah), Ashour, Shawky e Sedik; Aboutrika e Flávio. Técnico: Manuel José.

InternacionalClêmer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo; Wellington Monteiro, Edinho, Alex e Fernandão; Alexandre Pato e Iarley. Técnico: Abel Braga.

Estádio: NacionalHorário: 8h20 (de Brasília).Árbitro: Subkhiddin Mohd Salleh (ARS).

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