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Sebastian Vettel festeja a conquista do Mundial e o posto de mais jovem tricampeão da categoria | Paulo Whitaker/ Reuters
Sebastian Vettel festeja a conquista do Mundial e o posto de mais jovem tricampeão da categoria| Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
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O nascimento do tricampeão mais jovem da Fórmula 1 na despedida do maior vencedor das pistas. Uma corrida emocionante no campeonato mais equilibrado da história da categoria. Foi assim, com esse coincidente balanço, que o GP do Brasil coroou ontem um novo gênio da velocidade, o alemão Sebastian Vettel, apontado como o sucessor da lenda Michael Schumacher, que fez ontem sua última corrida.

Aos 25 anos, o piloto da Red Bull completou três conquistas na elite do automobilismo mundial. Não venceu em Interlagos – foi o sexto colocado em uma prova molhada e imprevisível –, mas conseguiu manter três pontos de distância para o rival Fernando Alonso, que chegou em segundo, atrás do inglês Jenson Button e à frente do brasileiro Felipe Massa.

"Não sei o que dizer. Quero agradecer ao meu time. Às vezes você é criticado por dizer frases desse tipo, mas é como me sinto. Acho que sou mais um. Sei que dirijo o carro e que um erro compromete tudo, mas o que conseguimos hoje não foi mérito dessa corrida, mas desde que entrei para o time [em 2009]", falou o tricampeão com cara e jeitão de garoto.

Com o título, ele se junta a nomes como Ayrton Senna, Nelson Piquet, Niki Lauda, Jack Brabham e Jackie Stewart. Mais vencedores do que ele, além de Schumi, apenas Alain Prost (quatro) e Juan Manoel Fangio (cinco).

Mais do que as dificuldades da própria corrida – ele foi atrapalhado pelo companheiro Mark Webber na largada, rodou na primeira volta após um toque de Bruno Senna, ficou sem rádio comunicador, caiu para a última posição e também contou com erros de estratégia nos pit-stops. Também por isso, considera essa a sua conquista mais difícil.

Sem um carro competitivo no início do ano, o alemão ficou longe da briga por cinco meses. Enquanto isso, a temporada se manteve equilibrada, com o recorde de oito vencedores distintos.

Na segunda metade da temporada, com um carro melhor, encaixou quatro triunfos seguidos, tomou a liderança de Fernando Alonso e estendeu a três anos seu domínio na F1. Nesse período, em 57 corridas, venceu 21 (37%).

"Quero aproveitar o agora. Não penso nos próximos anos, em quebrar recordes do Schumacher, mas sim no hoje. Tenho contrato até o fim de 2014 e estou feliz. Não acho que minha história acaba aqui. Estou comprometido", cravou Vettel.

Haddad quer prova em SP "até 2022"

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), confirmou ontem, em sua primeira visita a Interlagos, que trabalha para renovar o contrato do GP Brasil "pelo menos até 2022".

O petista, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o chefão da F1, Bernie Ecclestone, se reuniram na sexta para discutir, entre outros temas, a renovação. Então, Kassab apresentou Haddad a Ecclestone.

"Os pilotos, as equipes, a organização, a população, todos gostam [do GP em São Paulo]. Os custos [com reformas] serão diluídos ao longo de oito anos", argumentou Haddad. Uma das intervenções mais urgentes é a reforma do paddock, principal exigência da FOM (Formula One Management), que gerencia a F1, para a renovação.

"As exigências são de natureza técnica: segurança dos pilotos e trabalhadores, conforto das escuderias, nada que não seja do interesse da prefeitura fazer", disse Haddad.

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