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 | Fotos: Pedro Serápio/Gazeta do Povo
| Foto: Fotos: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Até quando você vai levando porrada?

Cena repetida no Atletiba de ontem: violência e quebra-quebra. A quatro quadras de distância da Arena, longe dos olhos da polícia, atleticanos e coxas se encontraram em uma verdadeira batalha medieval. Paus e pedras eram atirados de ambos os lados, que não respeitavam idade ou sexo. O perfil dos vândalos é o de sempre: jovens entre 16 e 20 anos, com camisas dos clubes ou das torcidas organizadas. Até que a polícia chegasse à Rua Baltazar Carrasco dos Reis, o pau quebrou solto.

Vem bomba por aí

No final do primeiro tempo e durante o intervalo, na divisória entre as torcidas, pipocaram bombas caseiras e fogos de artifício de ambos (foto 1) os lados. O árbitro Wilson Luiz Seneme ficou acompanhando boa parte da "guerra" e confirmou à Gazeta do Povo, por telefone, que relatou o episódio na súmula. Depois de mais um ato de irresponsabilidade de integrantes das torcidas, pode sobrar perda de mando para as duas equipes, já que o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) recomenda punição tanto para arruaça de torcida visitante quanto para quem manda o jogo.

Funcionou

Novidade entre as medidas de segurança, o uso de ônibus exclusivos para levar as organizadas ao estádio funcionou de maneira eficiente. Usuários de transporte coletivo relataram à Gazeta do Povo que os ônibus exclusivos passaram escoltados pela guarda municipal na canaleta do Santa Cândida-Capão Raso, enquanto quem não ia ao estádio esperava em segurança pelos carros que faziam a linha normal.

H1N1 no Atletiba

A gripe suína foi tema de brincadeiras dos dois lados do clássico. Na tentativa de atribuir (pejorativamente) a alcunha de "porcos" aos rivais, as duas torcidas entraram na onda da doença do momento. A torcida coxa levou 1.800 máscaras higiênicas (foto 2), "para evitar contaminação", de acordo com os torcedores. A resposta veio a galope. Os atleticanos agradeciam a preocupação coxa-branca com a "questão sanitária" e "isolaram" o local onde a torcida alviverde esteve, com uma faixa indicativa: "Setor Gripe Suína" (foto 3).

Parada de sucesso

A camisa do Coritiba estampou os nomes da banda Skank e da cantora Cláudia Leitte no Atletiba 340 (foto 4). A ideia era divulgar os shows que ocorrerão no dia 19 de setembro, no Couto Pereira, em comemoração aos 100 anos do clube (que se completarão em 12 de outubro). No dia 13 de outubro, outro show, desta vez em um jantar no Expotrade, com a dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano. Os ingressos já estão à venda, com vantagens para os sócios do clube.

Sonho mais concreto

A cada semana, a Arena fica mais próxima de ter a reta oposta às cabines de imprensa à disposição da torcida. No Atletiba a torcida rubro-negra já pôde ver a colocação dos vidros que irão isolar a arquibancada do campo e uma solitária cadeira. As obras entraram na reta final e a torcida pode acompanhar no "Mirante Virtual" do site atleticano.

Sócio-cambista

Engana-se quem pensa que, só pelo fato de a Arena não ter mais ingressos à venda, dado o volume de sócios, os cambistas não agem. Quem não tinha ingresso para a torcida do Atlético podia encontrar uma modalidade diferente de sócio: o sócio-cambista, que disponibilizava a entrada para o Atletiba por R$ 50, em média. Funciona assim: você paga o valor e o cambista te acompanha até a roleta, liberando a entrada com o smartcard que segue de posse do cambista. Vale lembrar que cada cartão só dá direito a um ingresso por jogo.

Bico-duro

O ex-árbitro Váldir de Córdova Bicudo esteve na Arena, a pedido do Coritiba, para observar o desempenho de Wilson Luiz Seneme. Bicudo é contratado do Coxa – e também do Paraná Clube – para elaborar relatórios sobre o desempenho dos juízes que comandam os jogos da dupla. "A ideia é apontar os erros para que as diretorias possam agir", disse, contando ainda que o Atlético é o único da capital que não conta com o "bico-duro" dele. Bicudo não revelou quanto cobra pela tarefa.

Oficialmente furados?

Alguns radialistas estavam revoltados com o departamento de comunicação do Coritiba antes do clássico. Tudo porque o site oficial do clube divulgou, de maneira oficial, a contratação do zagueiro Jéci antes que os repórteres-setoristas fossem avisados. A gritaria contra o furo foi geral. Mas, no jargão do jornalismo, furo é uma notícia dada antecipando uma decisão oficial.

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