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Dia desses, o Globo Esporte fez uma interessante matéria sobre os centroavantes. Os camisas 9, para ser mais específico, posição carente entre os times paranaenses. Fui um dos entrevistados e me lembro de ter dito na ocasião que, dos disponíveis, só apostava em um deles: Leonardo.

O atacante do Coritiba tem, infelizmente, uma ficha corrida de seguidas interrupções por conta de lesões complicadas. E por isso não é considerado confiável por boa parte daqueles que hoje acompanham o futebol estadual mais de perto. Isso sem considerar (e não devem ser considerados mesmo) os milhares de "comentaristas esportivos" de redes sociais, que se expressam sem isenção e mudam de opinião conforme a variação do vento.

Fui pesquisar os arquivos de colunas publicadas nesses últimos anos, porque sempre expressei minha admiração por Leonardo. Desde os tempos de Paraná e achei aqui um texto ainda de 2007, criticando a diretoria tricolor ao se desfazer do atacante em plena campanha da Copa Libertadores da América – Leonardo foi para o Flamengo e, sem nome e sem padrinho, nunca passou de reserva.

Não o conheço pessoalmente, mas me parece ser um bom rapaz. Esclarecido, tem boa noção do que representa em campo e do papel do finalizador que lhe cabe. Passou mesmo por uma fase difícil de sequentes lesões musculares, mas a mais recente que sofreu foi pura obra do azar. Lá em Arapongas (e eu estava lá, transmitindo para a RPC TV), um zagueiro de dois metros e mais de cem quilos caiu em cima dele, causando uma séria lesão nas costas. Poderia ter sido com qualquer um, mas foi com ele, com consequências bem mais sérias do que se poderia imaginar e de lenta recuperação. Resultado: quando voltou, já sob desconfiança geral, não havia mais espaço e, convenientemente, foi parar na China.

Foi devolvido (o treinador não ia com a cara dele, explica), começou a treinar novamente e o Coritiba, carente de finalização, decidiu novamente apostar nele. Foi reserva em um jogo, titular em outros dois, disputou três partidas e já marcou três gols. Garantiu, diretamente, seis pontos importantes na classificação do campeonato brasileiro.

Eficiência

O torcedor sempre quer mais show e goleada. Mas gostei muito da vitória de ontem da seleção, em Manchester. A Bielorrússia estava disposta a não jogar e, mesmo perdendo o jogo, não abriu as duas linhas de quatro à frente da grande área. A solução para a vitória seria, então, paciência.

E os jovens brasileiros mostraram maturidade suficiente para deixar o tempo correr à espera da chance de lances individuais. E aí, em dois deles, decidiram a partida. Foram eficientes, garantiram o aproveitamento total, enquanto outras seleções ditas favoritas já escorregaram pelo caminho.

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