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Time do Londrina/Sercomtel luta contra o rebaixamento na Superliga Masculina em uma trajetória cheia de percalços | Alexandre Arruda / CBV
Time do Londrina/Sercomtel luta contra o rebaixamento na Superliga Masculina em uma trajetória cheia de percalços| Foto: Alexandre Arruda / CBV

O Londrina/Sercomtel joga neste sábado (25) às 20h a sobrevivência na Superliga Masculina de Vôlei. No interior de Minas Gerais a equipe lanterna da competição enfrenta o Juiz de Fora, penúltimo colocado, a cinco rodadas do fim do torneio. Os dois tentam fugir do risco de inaugurar a novidade do regulamento desta temporada: o rebaixamento do último colocado para a Série B da competição. Mais necessário ainda é o Londrina melhorar uma campanha desastrosa e de histórias inusitadas.

São 16 derrotas e uma vitória, uma realidade que escancara o orçamento até doze vezes menor que os concorrentes. A temporada de resultados ruins e pouco público é bem diferente do que foi desenhado no começo do torneio. Em setembro do ano passado a equipe acertou uma parceria com a Associação Blumenau Pró-vôlei. Comissão técnica e atletas vieram para reforçar uma equipe que na temporada anterior havia estreado na Superliga e surpreendido com o nono lugar.

Só que a parte financeira começou a apertar. Segundo o presidente do Londrina, Mateus Goeber, a gestão anterior deixou uma dívida de R$ 500 mil em salários atrasados. "O valor tem sido parcelado. Nesta temporada está tudo sendo pago em dia", afirma. O grande desafio é fazer com que as contas fechem. "O vôlei não tem renda. Infelizmente no Paraná ainda não há a cultura de empresas patrocinarem a modalidade", comenta. Segundo ele o time recebe R$ 1 milhão por mês dos patrocinadores, contra R$ 12 milhões de outras equipes da Superliga.

Dentro de quadra os resultados não vieram e o público nas partidas em casa foi diminuindo. Na rodada de estreia cerca de 2 mil pessoas compareceram, já na última partida realizada em casa, apenas 479 torcedores foram ao Ginásio do Moringão.

A única vitória do time veio na 8ª rodada da competição, mas dias depois começou a pior fase. No fim de janeiro 15 dos 17 integrantes da delegação do time pararam no hospital em Montes Claros (MG) por conta de uma infecção alimentar. Apenas parte do grupo estava em condições de viajar para a próxima partida, em Florianópolis (SC). Justamente nesses dois jogos o então treinador André Donegá não esteve presente. "Ele simplesmente sumiu por duas semanas e quando reapareceu, foi para mandar um e-mail comunicando a demissão", conta Goeber.

Na ocasião o ex-treinador disse que estava resolvendo pessoais e junto com a saída do cargo reclamou das condições de trabalho no Londrina. O substituto foi Toninho Resende, que assumiu com a difícil missão de reerguer o time. "Nosso elenco é muito resumido, temos apenas 12 jogadores. São jovens de muito brio, mas não têm a experiência que às vezes falta na hora de decidir um jogo", afirma. "A infraestrutura do Londrina é melhor do que a de muitos outros times. O que nos falta é um pouco de sorte e as turbulências também nos atrapalharam", diz o meia-de-rede Deivid, que foi campeão da competição em 2007 pelo Minas.

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