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Vítor Belforte elogiou a atuação do juiz federal Sergio Moro. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Vítor Belforte elogiou a atuação do juiz federal Sergio Moro.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

O evento do UFC 198, realizado na terça-feira à noite (29), em uma casa noturna de Curitiba, serviu de palanque para os lutadores de MMA se expressarem sobre a crise política no Brasil. Sobraram manifestações de apoio ao juiz federal Sérgio Moro e à Operação Lava Jato e críticas à presidente Dilma Rousseff.

Entre os atletas que subirão ao octógno no estádio do Atlético, dia 14 de maio, Vitor Belfort foi o mais contundente. “É uma honra lutar na terra do Sérgio Moro. Gostaria que o juiz fosse acompanhar as lutas. Se precisar eu compro quantos ingressos ele quiser”, declarou o combatente carioca de 38 anos, adversário de Ronaldo Jacaré pelos pesos-médios (até 84 kg).

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Principal estrela do esporte no Brasil, Anderson Silva não foi tão direto, mas marcou posição. “O que está acontecendo no país é uma crise, não econômica, mas política. Falta mais patriotismo dos governantes e mais conhecimento de causa para o povo”, comentou o paulista que iniciou a carreira em Curitiba, ex-campeão dos pesos-médios (até 84 kg), oponente do jamaicano Uriah Hall.

Atual detentor do cinturão dos pesados (até 120 kg), o gaúcho Fabrício Werdum prometeu um protesto após o confronto com o desafiante americano Stipe Miocic. “É uma oportunidade boa de fazer um protesto. A Arena estará lotada, eu apoio a manifestação pacífica, canções falando da Dilma, impeachment. Se eu puder depois da luta dar um recado de motivação eu vou fazer.”

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O UFC deverá contar com público de cerca de 45 mil pessoas, recorde da modalidade no país – será a primeira vez num estádio de futebol. O evento tem ainda transmissão televisiva para mais de 150 países, de 21 idiomas diferentes. Ou seja, qualquer mensagem ao longo da noite de lutas tem alcance global.

Perguntado sobre o posicionamento político dos atletas, e quanto à possibilidade de manifestações na Arena da Baixada, o presidente do UFC no Brasil, Giovani Luis Decker, ponderou: “O UFC é uma instituição democrática. Não reprimimos, mas não incentivamos. Temos uma boa relação com o governo federal, o governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba”.

Caso os protestos se confirmem, não será a primeira vez. No UFC disputado no Rio, em março do ano passado, lutadores brasileiros fizeram declarações de cunho político no octógono. Gilbert Durinho pegou o microfone e disse “Dilma, pede para sair”. Kevin Souza, por sua vez, afirmou: “Gostaria, primeiramente, de chamar a atenção dos governantes. Está feia a coisa. Invistam nos professores, nas nossas crianças. Abre o olho, povo!”.

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