Mais Autuori, menos Diniz: Tiago Nunes explica fórmula para retomada do Atlético

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Alçado ao posto de técnico promissor no país pelo bom trabalho no Atlético, Tiago Nunes explicou que a reação do Furacão no Brasileirão passou pela retomada de conceitos de jogo aplicados no clube ainda por Paulo Autuori e que haviam sido alterados por Fernando Diniz, antecessor de Nunes no cargo.

O experiente Autuori comandou o Furacão entre 2016 e 2017 em 85 jogos, com 35 vitórias, 21 empates e 29 derrotas. Ele também foi gestor de futebol do clube até o fim de 2017. Já Diniz, em 2018, deixou o clube após 21 jogos, com 34% de aproveitamento.

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“O clube criou um lastro de quase dois anos de uma ideia de jogo do Autuori. Tinha solidez defensiva, ideia clara de marcação por zona, duas linhas, dois jogadores mais à frente no 4-4-2 e isso foi disseminado em toda a base, um jogo propositivo, mas posicional, sem tanta movimentação”, explicou Nunes ao The Pitch Invaders, podcast especializado em futebol.

Segundo Nunes, a chegada de Diniz no início de 2018 fez o clube mudar toda sua estrutura de jogo pré-existente, montada por Autuori. “Ele [Diniz] inicia do zero para implantar as ideias em que mais acreditava”, reforça Nunes.

O jovem técnico foi campeão estadual com a equipe de aspirantes do Furacão com aproveitamento de 72%. Já desde a demissão de Diniz, em julho, Nunes tem rendimento de 63,5%. São 12 vitórias e quatro empates em 21 jogos, entre Brasileirão e Sul-Americana. No total, somando aspirantes e principal, Nunes tem aproveitamento de 68,%.

Com a demissão de Diniz, na parada para a Copa do Mundo, Nunes conta que o primeiro ponto de seu trabalho foi retomar os conceitos de Autuori, já assimilados anteriormente pelo elenco.

“Quando eu assumo, conto com atletas que já têm esse lastro de um trabalho de dois ou três anos [do Autuori]. Então, volto a uma essência de jogo que já era de conhecimento dos atletas, com comportamentos defensivos muito claros”, prossegue Nunes.

Ele explica ainda que incorporou ao novo modelo de jogo atleticano conceitos implementados por Diniz, como a coragem para os defensores saírem jogando e a troca de posições, mas tomando como base o esquema anterior, de Autuori.

“A gente passa de um jogo com muita mobilidade, troca de posições, para um jogo mais posicional. Aí, aproveitando muito do que o Diniz deixa, mas muito mais do que o Autuori deixou. É uma salada de frutas com lógica”, completa.

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