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Na contramão dos esforços recentes para confirmar Curitiba como subsede da Copa do Mundo de 2014, o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, mostrou total desinteresse no evento e nas negociações para a conclusão da Arena da Baixada.

"Pessoalmente, eu descartaria a Copa. Não vejo qualquer razão para a Copa na Arena, mesmo com os recursos. Interessava a quem comandava o clube na época", disse Malucelli, em entrevista a Rádio Transamérica, na tarde desta sexta-feira.

Durante a entrevista, Malucelli notadamente procurava atingir seu antecessor, Mário Celso Petraglia, de quem tornou-se desafeto público. "O Mário é meio falastrão. Ele procura tumultuar", disse, sobre as declarações de Petraglia de que teria a solução para a Copa. Questionado sobre quanto o clube perderia abrindo mão da Copa, Malucelli foisimplista: "O Atlético não perde nada. Nós concluiremos do nosso jeito e ainda teremos um dos estádios mais bonitos do Brasil".

Segundo ele, o projeto da Arena sem Copa seria remodelado para comportar menos de 40 mil espectadores (mínimo exigido pela Fifa): "Terminaremos o estádio para cerca de 36 mil pessoas sentadas com os R$ 30 milhões", disse. Malucelli se mostrou incomodado com Petraglia, de quem confessou ser seguidor na internet, acerca da gestão no Atlético: "Ele vive falando de futebol no Twitter. Muito para quem diz não ter interesse."

Luiz de Carvalho, gestor da prefeitura para o evento, criticou a postura do presidente atleticano: "Ele [Malucelli] assinou uma matriz de responsabilidade, ao lado do ex-governador [Roberto Requião] e do presidente da república. Então ele que coloque isso em um documento e pronto. Curitiba está respeitando o Atlético. Se não querem, é simples: mandem a negativa na segunda para nós e para o estado".

Carvalho ainda confirmou que não é Malucelli quem está à frente das negociações. "O principal articulador desse grupo é o Ênio [Fornea, vice-presidente financeiro do clube]. Eu confesso que não entendo uma declaração como essa. Então que se reúnam e tomem uma decisão". Mesmo na diretoria atleticana, as declarações de Malucelli caíram mal."Eu acho que vai se chegar a um acordo. A solução não é difícil", afirmou Ênio Fornea, que vem tratando o assunto com o comitê do evento.

Fornea tem negociado junto ao comitê a melhoria das condições da proposta de potencial construtivo, campo no qual diz ter avançado. "É uma moeda que quando a economia está aquecida como agora, é uma boa moeda. Mas isso depende do momento econômico do país. Não sabemos o que vai ocorrer nos próximos 10 anos. Eu tenho convicção de que em breve teremos a solução", disse, colocando em xeque o desinteresse do presidente rubro-negro.

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