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Presidente de um clube cujo estádio que receberá a Copa do Mundo de 2014, Marcos Malucelli, do Atlético, não esconde sua opinião sobre a realização do Mundial no Brasil. Para o dirigente, a competição da Fifa no país é um absurdo.

"Não pensem que o gasto de R$ 600, 700 milhões em estádios de outras sedes será de potencial construtivo. São coisas absurdas que acontecem no Brasil. Aliás, a Copa no Brasil já é um absurdo. Será uma despesa de bilhões que o governo terá de arcar quando temos outras prioridades", afirmou o presidente, em entrevista à Rádio Transamérica na manhã de quinta-feira (28).

Desde que assumiu o clube, em janeiro do ano passado, Malucelli foi enfático quanto à participação atleticana no torneio. A posição sempre foi a de que o Rubro-Negro teria muito mais a perder do que a ganhar com a cessão da Arena da Baixada para a entidade que rege o futebol mundial.

Durante o primeiro semestre de 2010, quando a situação do Joaquim Américo esteve ameaçada pela falta de viabilidade financeira para a Copa, Malucelli chegou a bater de frente com o Conselho Deliberativo do Furacão. Enquanto o dirigente máximo do clube não queria o Mundial do jeito que a situação se apresentava (sem apoio estatal), os conselheiros admitiam auxiliar o poder público a encontrar uma solução.

A saída escolhida foi a cessão do potencial construtivo por meio da prefeitura e a possibilidade de empréstimo de recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) do estado. Engenharia financeira que Malucelli afirma não ter nenhuma responsabilidade do Atlético.

"Torcedores de outros clubes não deveriam ficar na bronca com o Atlético, que não tem nada com isso. Para nós, a Copa não é prioridade. É problema da cidade de Curitiba. Nós apenas cedemos o estádio e faríamos a conclusão com ou sem a Copa", disse.

Marcos Malucelli comentou inclusive a situação do Estádio Beira-Rio, do Internacional. A Fifa não aceitou a viabilidade econômica apesentada pelo clube gaúcho para a adequação do estádio às exigências do Mundial e a praça esportiva de Porto Alegre para receber os jogos do torneio está indefinida.

"Acho que o Internacional corre risco. O Grêmio está levantando um estádio com a construtora OAS que é a mesma que está atuando em outros estádios. Há interesses políticos, lamentavelmente. Não posso acobertar isso. No Atlético, esse tipo de interesse político ou de construtora não irá ocorrer", garantiu o dirigente.

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