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Morte de piloto paulista não foi suficiente para sensibilizar a organização do evento em Curitiba. “Não é porque o Ayrton Senna morreu é que iria acabar a Fórmula 1”, diz diretor da prova | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Morte de piloto paulista não foi suficiente para sensibilizar a organização do evento em Curitiba. “Não é porque o Ayrton Senna morreu é que iria acabar a Fórmula 1”, diz diretor da prova| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

A festa na 17.º Festival Brasileiro de Arrancada não foi completa. A competição realizada neste fim de se­­­mana no Autódromo Inter­nacional de Curitiba (AIC) foi marcada pela morte do piloto paulista Vinícius Maschio, na sexta-feira; brigas e confusões do público e falta de policiamento dentro do autódromo.

Ontem, o evento já nem parecia lembrar o acidente durante os treinos-livres da sexta-feira, quando Maschio, 34 anos, perdeu o controle do Opala, que capotou. No impacto, o piloto sofreu múltiplas lesões. Foi levado ao Hospital Cajuru, mas não resistiu. No sábado, os pilotos fizeram um minuto de silêncio e alguns deixaram o festival para acompanhar o velório, ontem em São Paulo.

"Foi uma fatalidade. Já tivemos acidentes piores que esse, em que o piloto não sofreu nada", afirma o diretor da Força Livre Motorsport (empresa responsável pela organização do evento), Eduardo Pereira. Ontem, durante a disputa da categoria Pro-Mod, dois pilotos se acidentaram. Um, também da categoria Pro-Mod, chocou-se contra o muro. Outro, dirigingo um dragster (que chega a 400 km/h) bateu o veículo a 280 km/h. Ambos sem ferimentos.

Pereira também destacou que todos os veículos são vistoriados a cada etapa. "Não é porque o Ayrton Senna morreu é que iria acabar a Fórmula 1. Chegamos a considerar a suspensão do festival. Mas, acidentes, em automobilismo, acontecem vários; mortes, só excepcionalmente", afirmou o diretor.

Brigas entre espectadores também marcaram negativamente o festival, que reuniu 360 carros e pilotos de todo o Brasil. Segundo pessoas que trabalham no estacionamento no autódromo, houve várias confusões causadas pelo excesso de bebida e os 120 seguranças contratados pela organização do evento não foram suficientes. "A PM [Polícia Militar] fica aglomerada aqui na entrada, onde nada acontece", afirmou uma das funcionárias.

Questionados pela reportagem, alguns dos PMs confirmaram que não tinham sido orientados a intervir dentro do autódromo. "Pago uma taxa para a PM fazer o policiamento aqui dentro. Desta vez, foram quase R$ 2 mil. Fui até o 17.º Batalhão pedir a autorização e o apoio de contingente. Mas hoje [ontem] não chegaram no horário, o número de policiais que foi programado não foi cumprido", disse Eduardo Pereira.

A assessoria de imprensa da PM informou que a cobrança de taxa para em eventos privados é regulamentada por lei e que o acordo feito entre 17.º Batalhão e a Força Livre Motorsport foi a cessão de 25 policiais para atendimento à área externa do autódromo.

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