Mesmo contestado, He-Man se destaca

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Mesmo com muita gente não gostando de jeito de ser do atacante Rafael Moura, ele chega ao Atletiba que pode dar o título estadual ao Atlético – amanhã, às 15h50, na Arena – como o principal jogador do Rubro-Negro e com a artilharia da competição (doze gols) praticamente assegurada.

O camisa 9, que ano passado cobrou publicamente o restante do elenco durante a luta atleticana contra o rebaixamento e chegou a trocar ofensas dentro de campo com o colombiano Ferreira, nunca foi unanimidade na Baixada.

No entanto, a eficiência na atual temporada (14 gols somando o Paranaense e a Copa do Brasil) e a disposição apresentada nos jogos superaram qualquer polêmica.

"Ele (Rafael) é um cara de personalidade muito forte, mas de fácil trato", comenta o técnico Geninho, que cobrou o He-Man pelos três pênaltis perdidos em cinco tentativas no ano. A última, na quarta-feira, frente ao ABC, quando tomou a bola da mão do meia Marcinho para bater (e isolar) a penalidade.

"Ele treina muito e me disse que na hora sentiu-se bem para bater. Temos três ou quatro jogadores em condições de cobrar", diz o técnico, sem deixar claro quem bateria um possível pênalti no clássico.

Para parte da torcida atleticana, algumas atitudes de Moura não foram bem aceitas. Mesmo com um gol marcado frente aos potiguares, o temperamento explosivo do avante o fez chutar uma bola na direção do público logo depois do gol de Wallyson (que selou a classificação atleticana).

No jogo, alguns passes errados e firulas transformaram aplausos em apupos e, para não criar novas polêmicas, o centroavante decidiu não dar entrevistas entre a partida de quarta-feira e a decisão de amanhã.

"Só vocês (jornalistas) é que veem isso do Rafael. Ele é um ótimo companheiro, que brinca e está sempre com a gente. Só que, dentro de campo, assim como eu, ele tem muita vontade de vencer", comenta o meia Marcinho.

Agradando a todos ou não, Rafael Moura está muito próximo de ficar com a artilharia de uma competição pela primeira vez. E mais, antes deste Estadual, ele só foi titular absoluto ou não sofreu com lesões no Paulistão de 2006, pelo Corinthians. Mesmo nos títulos que conquistou (Baiano 04 e 05, pelo Vitória, e Copa do Brasil 07, no Fluminense), o He-Man não levantou a taça como titular.