“Não sou nenhum herói”, adianta Claiton ao torcedor

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Quando Claiton entrou em campo antes da partida de sábado (derrota para o Avaí, por 3 a 1), logo após ser anunciado como o novo reforço atleticano, com agasalho branco e a camisa rubro-negra nas mãos, não restaram dúvidas de que, ao menos fora das quatro linhas, o velho ‘Predador’ estava de volta.

O volante – que assina hoje contrato com o Furacão até o fim de 2011 – deu a volta olímpica na Arena, girando a camisa do Atlético, batendo com a mão no peito e levantando a torcida como fazia como poucos no segundo semestre de 2007.

Na época, ele foi um dos responsáveis por conseguir evitar a queda do Furacão no Brasileiro. Agora, um ano em meio depois de sua saída, a expectativa do torcedor é a mesma: de que com ele e Alex Mineiro o Rubro-Negro engrene no Brasi­lei­rão. Mas o jogador avisa que não é o salvador da pátria.

"Com sinceridade, bom não é (ser considerado o salvador). Futebol é coletivo, e não sou nenhum herói. Mas sei que posso ajudar muito essa equipe", afirmou Claiton, por telefone, à Gazeta do Povo.

O retorno do volante à Arena da Baixada já deveria ter ocorrido no começo do ano, mas na época, depois de o negócio estar encaminhado, o Consadole Sapporo, do Japão, voltou atrás e resolveu não liberar o volante. Desta vez, Claiton deixou clara a intenção de sair e conseguiu a rescisão. O jogador chegou ao Brasil na terça-feira da semana passada, fez exames no CT do Caju na sexta-feira, foi apresentado no sábado à tarde e voltou a Porto Alegre para resolver problemas particulares ontem pela manhã.

"Era para ter voltado antes, mas infelizmente no início do ano não consegui a liberação do Sapporo. Criei uma identificação grande aqui é só olhar o que ocorreu quando eu entrei em campo, o calor da torcida, o valor que eles me dão. Além disso, acredito muito nesse grupo", disse.

Hoje, o atleta será integrado ao grupo atleticano. Para jogar, contudo, terá de esperar ainda no mínimo mais uma semana – ele também se recupera de uma tendinite no tornozelo direito. Como veio de uma equipe do exterior, só poderá atuar a partir do começo de agosto. Não será problema se for considerada a vontade de Claiton.

"Não vejo a hora de jogar. A equipe é boa e acho que está faltando alguma coisinha apenas. Tem tudo para dar certo. Pela equipe que temos não deveríamos estar nessa situação. Mas tenho certeza de que vamos dar a volta por cima."