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Cada time dominou um tempo. O Santos foi melhor no primeiro, o São Paulo dominou a etapa complementar. E, quando o equilíbrio prevalece, a qualidade técnica faz a diferença. E isso sobrou ao Peixe no clássico realizado na Arena Barueri.

No momento em que a partida estava empatada e o São Paulo dominava, Robinho, com um golaço de letra, calou a galera tricolor, garantiu a vitória por 2 a 1 e recolocou a equipe na liderança do Campeonato Paulista, com 16 pontos, dois a mais que o Corinthians.O Tricolor, com o tropeço, caiu para a quinta posição, com 11 pontos.

Os dois times voltarão a campo no próximo final de semana pelo estadual. No sábado de carnaval, o Tricolor irá até Itu para enfrentar o Ituano. No dia seguinte, o Peixe receberá a visita do Monte Azul, no estádio do Pacaembu.

O primeiro tempo

As duas equipes entraram em campo com suas escalações previstas. No Tricolor, Ricardo Gomes manteve o 3-5-2 e apostou na movimentação que havia dado certo na vitória contra o São Caetano, com Dagoberto e Marcelinho Paraíba atuando sem posição fixa e Hernanes chegando pelo meio, com Washington fixo na frente. Do lado santista, Dorival Júnior manteve Robinho no banco e apostou na troca rápida de passes e na boa fase do trio Neymar, Paulo Henrique Ganso e André.

Apesar do forte calor, a partida começou em alta velocidade. Aos dois minutos, Marcelinho avançou pela esquerda e bateu rasteiro. Felipe defendeu. O Santos respondeu aos quatro e, só não abriu o marcador porque Léo, após passe açucarado de Neymar, foi travado por Jean no momento do chute.

Aos 12, foi a vez do São Paulo assustar novamente. Hernanes fez grande jogada pela esquerda, passou por dois marcadores, e tocou na medida para Marcelinho que, de fora da área, chutou fraco, permitindo fácil defesa do goleiro santista. No minuto seguinte, novamente o Santos apertou e Marquinhos, em chute rasteiro, assustou Ceni.

A partir dos 15, a partida mudou de figura. O Santos apertou a marcação em cima de Marcelinho Paraíba, que sumiu do jogo. Com isso, o único atleta a tentar algo de diferente era Dagoberto, que estava muito bem vigiado. Como os alas Jean e Jorge Wagner não apoiavam, o time tornou-se previsível e o Santos cresceu muito de rendimento.

Aos 15, André perdeu um gol inacreditável. Paulo Henrique Ganso avançou pela esquerda e bateu rasteiro para a área. O camisa 16, sozinho na pequena área, fez o mais difícil e bateu à esquerda de Rogério Ceni. No meio, ora Arouca, ora Marquinhos, tinham liberdade para avançar. Neymar, caçado em campo por Renato Silva, pouco produzia.

O tempo passou e o jogo não mudou. O São Paulo tentava ir ao ataque, mas não criava nada de perigo. E o Santos, que sempre chegava com a bola no chão, continuava bem mais perto do gol do primeiro gol da partida. Que veio aos 38min, com toda justiça.

No minuto anterior, Arouca foi lançado nas costas de Miranda que, perdeu a passada e acertou o camisa 9 santista que, curiosamente pertence ao Tricolor. Ele, no entanto, foi cedido por empréstimo na negociação que levou Rodrigo Souto ao Morumbi. Pênalti bem marcado pelo juiz Marcelo Rogério. Na cobrança, o garoto Neymar não tremeu diante do badalado Rogério Ceni. Pior: fez o camisa 1 sentar no chão. Com paradinha e tudo, o camisa 17 só rolou a bola para o gol.

O gol fez mal ao Tricolor, que quase tomou o segundo aos 43, quando Wesley avançou pela direita e bateu no ângulo de Rogério Ceni, que voou e espalmou. O São Paulo, que há muito não levava perigo ao gol de Felipe, assustou aos 46, quando Hernanes cruzou da direita e Washington não alcançou a bola.

Etapa complementar

Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo. Só que o São Paulo mudou seu esquema tático. Ele trocou o 3-5-2 para o 4-4-2. Com duas linhas de quatro, Jean saiu da ala e foi para o meio-campo com uma única incumbência: não deixar Paulo Henrique Ganso respirar. E a estratégia deu certo.

O São Paulo melhorou sua marcação e cresceu em campo. Dorival Júnior, vendo que seu time diminuiu o ritmo, fez o que todos queriam e, aos 13, Robinho reestreava com a camisa do Peixe, na vaga de André. No Tricolor, Ricardo Gomes respondeu com Cléber Santana no lugar de Washington.

O Tricolor continuou melhor em campo. Aos 16, a equipe quase empatou com Jean, que recebeu passe de Jorge Wagner e, dentro da área, chutou duas vezes. Na primeira, foi travado por Durval. Na segunda, a bola raspou a trave direita de Felipe. Logo depois, Ricardo Gomes foi obrigado a fazer a segunda alteração, já que Dagoberto sentiu contusão. Roger entrou no seu lugar. E, no primeiro lance, o camisa 19 aproveitou belo cruzamento de Marcelinho Paraíba e, de cabeça, deixou tudo igual no marcador.

Dorival Júnior respondeu logo em seguida. Ele sacou Marquinhos e colocou Zé Eduardo para dar novo gás ao time. E Robinho, em seu primeiro ataque perigoso, aos 30, quase marcou. Ele avançou pela direita e, dentro da área, bateu cruzado. Rogério Ceni fez grande defesa e mandou pela linha de fundo. O Tricolor respondeu em cobrança de falta de Marcelinho Paraíba, que Felipe espalmou.

Nos 15 minutos finais, sobrou emoção. O São Paulo tomava a iniciativa e martela e o Peixe, com mais qualidade com a bola nos pés, era muito perigoso nos contra-ataques. Até que, aos 40, Wesley escapou pela direita e cruzou na medida para Robinho que, a pouquíssimos metros de Rogério Ceni, se antecipou e, de letra, fez um golaço. Depois, foi só segurar a posse de bola e comemorar.

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