Em clima otimista, Curitiba já pleiteia jogos da Copa das Confederações
Ainda falta um mês para saber se Curitiba está entre as 12 subsedes da Copa em 2014 e já começa a campanha para que a cidade seja a anfitriã da Copa das Confederações, um ano antes do Mundial. "Dos estádios candidatos a receber a Copa, o da Arena vai ser o primeiro a estar pronto, o que coloca Curitiba na frente para 2013", disse o vice-governador, Orlando Pessuti.
O otimismo da declaração reflete o clima da reunião com o ministro dos Turismo, Luiz Barretto, que esteve ontem em Curitiba para discutir a situação hoteleira e turística da capital. Barretto afirmou categoricamente que a cidade é uma das favoritas para sediar o Mundial.
"Todo mundo sabe. Curitiba está trabalhando muito bem para isso", disse. (AB)
Legado: nome dado ao que é deixado para outros. Guarde bem o significado dessa palavra. Caso Curitiba seja confirmada, em 20 de março, como uma das 12 subsedes da Copa de 2014, o termo será ainda mais usado nos próximos cinco anos por governantes e por quem pleiteia verba pública para bancar a realização do maior evento do futebol mundial.
Com o argumento de investir em obras e ações que visam ao Mundial, com a promessa de deixar melhorias não só na capital, mas em todo o estado, todos buscam encontrar uma forma de garantir algum subsídio. "Não é a Copa que precisa de nós. Nós é que precisamos da Copa", resumiu o vice-governador do Paraná e presidente do Comitê Executivo de Curitiba para Assuntos do Mundial, Orlando Pessuti, durante a reunião com o ministro do Turismo, Luiz Barretto, na manhã de ontem, no Palácio das Araucárias.
Nesse sentido, a visita do ministro a Curitiba trouxe mais uma possibilidade de garantir o pagamento das obras para as melhorias exigidas pela Fifa: oficializou ao prefeito Beto Richa o convite para que a prefeitura participe do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), uma parceria entre o Ministério do Turismo e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que pode assegura até R$ 100 milhões em projetos em turismo. "A Rodoferroviária de Curitiba é um dos locais que poderia ser beneficiado com o Prodetur", exemplificou o ministro.
À cidade cabe pagar apenas 50% do financiamento do BID, já que o Prodetur assegura que o restante será pago pelo Ministério do Turismo. O programa, criado em março de 2008, aceita obras do município iniciadas até 18 meses antes do financiamento ser assinado.
"A Copa é a maior janela de oportunidades que o turismo brasileiro já teve. Vai nos permitir acelerar um conjunto de obras que só seriam feitam em 20 anos", argumentou o ministro. Seguindo essa linha, o governo estadual também quer esse benefício. "Já encaminhamos nosso projeto para pleitear os R$ 100 milhões para nossas regiões turísticas", afirmou o secretário estadual do Turismo, Celso Caron.
Não só Curitiba receberá os recursos. Também Foz do Iguaçu e Paranaguá, escolhidas como três dos 65 "destinos indutores" (cidades com potencial de turismo internacional), serão beneficiadas com o Mundial. "Em Foz, queremos melhorias no aeroporto com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Em Paranaguá, a intenção é investir no ponto de atracagem de navios de turismo", disse Pessuti.
Além dos subsídios para projetos voltados ao turismo, R$ 942 milhões já foram assegurados para obras de infraestrutura, oriundos do PAC. No total, estima o prefeito Beto Richa, R$ 4,5 bilhões serão investidos para sediar a Copa de 2014. "Não importa se vai ser R$ 1 bilhão ou R$ 5 bilhões, desde que possamos assegurar o legado", afirmou o vice-governador.
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