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Rio – Seja qual for a nacionalidade do atleta, em uma coisa todos concordam: arrumar as malas é mesmo uma chatice. Mas não foi essa a única unanimidade a rondar a Vila Pan-Americana após o encerramento dos Jogos. Entre os agora ex-habitantes do local, a saudade do ambiente de integração já está batendo.

"Foi muito bom esse período. Todo dia o clima estava legal. Pena ter que ir embora", declarou Renata Figueiredo, brasileira do lançamento de disco. A mineira morou durante dez dias na Vila, e guardará da rápida temporada a animação dos cubanos, o bom trabalho dos voluntários e, principalmente, a oportunidade de conhecer os "meninos do vôlei".

Aliás, a turma de Giba e Bernardinho foi a principal atração entre os atletas. Considerados todos muito simpáticos, distribuíram autógrafos e movimentaram os locais por onde passaram. Em segundo lugar, vieram o pessoal do atletismo e o jogador de futsal Falcão.

Mas entre os destaques, nada foi mais interessante que a mistura de comportamentos. Algo possível de observar mesmo durante a lenta desocupação dos prédios. Uruguaios saem tomando chimarrão, mexicanos curtindo rap enquanto aguardam para ir embora, canadenses comprando os últimos produtos da loja oficial etc.

"A energia que rolou foi inexplicável. Só boas lembranças vão ficar guardadas dessa confraternização. Pude reencontrar uma amiga da Argentina, conhecer outras pessoas", contou Rosângela Conceição, medalha de bronze na luta olímpica livre.

Sobre as instalações, foram aprovadas com louvor, especialmente os apartamentos. Talvez menos no teste de carga promovido pelo brasileiro João Gabriel Schlitter. O judoca de 105 kg e medalha de prata quebrou três camas em uma única noite.

Fora das residências, a piscina não pôde ser muito aproveitada em virtude do clima frio da última semana, mas a boate ferveu sempre. "Quando não tinha competição deu para dançar e aproveitar bastante", revelou Sherridan Kirk, do atletismo de Trinidad e Tobago. Outro ponto de encontro foi o gigantesco refeitório.

Entre os problemas, a maioria deles relacionada ao consumo de álcool. Pequenos desentendimentos entre os atletas, várias apreensões de bebida e a romaria até um posto de gasolina próximo, onde o "happy hour" era liberado.

"Trabalhamos anos antes do Pan no planejamento. Foi o grande desafio da minha vida. Fico satisfeito que o objetivo dos Jogos foi alcançado, com a integração entre os povos", afirmou Paulo Laranjeira, o prefeito da Vila.

Quanto ao futuro do condomínio, até setembro o Co-Rio entrega a estrutura com os reparos necessários. "Creio que em janeiro os novos moradores já poderão ocupar".

Para a construção da Vila foram gastos mais de R$ 200 milhões de reais, grande parte desse dinheiro financiada pela Caixa Econômica Federal. São 420 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, com capacidade para 8 mil pessoas. Mais de 90% dos imóveis já foram negociados. (AP, CEV e MR)

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