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O técnico Muricy Ramalho pediu agilidade à diretoria do São Paulo na montagem do elenco para 2007. Segundo informações da imprensa paulista, o Tricolor do Morumbi teria inclusive dado um prazo até hoje para o Atlético responder se aceita ou não a proposta por Dagoberto. No entanto, o Rubro-Negro não dá mostras de que vai se deixar influenciar pela pressão e tudo leva a crer que a novela se arraste até janeiro.

É no primeiro mês do ano que estará aberta a janela para negociações com a Europa e o presidente do Conselho Deliberativo atleticano, Mário Celso Petraglia – que tem mercado aberto no Velho Continente, principalmente na França –, ainda pensa em receber em euros pela venda do atacante.

Diante da situação, o palpite do procurador de Dago, Marcos Malaquias, é de que dificilmente o Atlético aceitará a negociação agora. "A proposta do São Paulo é boa e seria bom fechar o quanto antes, mas acho que isso vai se estender até o ano que vem", opinou.

A oferta seria o pagamento de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões por 80% dos direitos federativos, mais o empréstimo de um ou dois jogadores pelo período de um ano. O zagueiro Edcarlos e o atacante Thiago são as moedas de troca – o atacante Alex Dias, antes na lista, está prestes a acertar com o Fluminense.

No entanto, o presidente do Conselho Gestor do Atlético, João Augusto Fleury, surpreendeu ao dizer na segunda-feira que o clube não tem ainda sequer uma proposta oficial do São Paulo, declaração que surgiu na contramão de tudo o que foi apurado no fim da semana passada.

No caso de algum clube europeu fazer uma proposta considerada satisfatória pela diretoria rubro-negra, outro problema será a decisão do próprio jogador. Dagoberto já deixou claro que prefere ficar no Brasil do que atuar em um time de médio porte da Europa, como o francês Mônaco ou o espanhol Mallorca, que já fizeram sondagens. Em fevereiro não quis negociar com o alemão Hamburgo, na ocasião disposto a desembolsar 6 milhões de euros (cerca de R$ 17 milhões).

Se decidir realmente esperar, o Atlético corre o risco de armar uma armadilha para si mesmo. No caso de a janela de janeiro se fechar sem que Dago tenha sido negociado, dificilmente a atual proposta do São Paulo continuará de pé. Afinal, em março o contrato do atacante entra no último ano de vigência e, por força da lei, a multa rescisória relativa à transferências nacionais cai para 20% do valor original, ou seja, R$ 5,4 milhões.

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