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Nuzman discursa após mais uma vitória nas urnas: presidente do COB pelo menos até os Jogos Olímpicos do Rio | Antonio Scorza/ AFP
Nuzman discursa após mais uma vitória nas urnas: presidente do COB pelo menos até os Jogos Olímpicos do Rio| Foto: Antonio Scorza/ AFP

O advogado Carlos Arthur Nuzman, de 70 anos, foi reeleito nesta sexta-feira como presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). No comando da entidade desde 1995, ele vai cumprir o seu quinto mandato no próximo quadriênio, entre 2013 e 2016, ficando no cargo até a realização da Olimpíada do Rio.

Nuzman foi candidato único na eleição realizada na sede do COB, na Barra da Tijuca, no Rio. Apesar disso, não foi eleito por aclamação. Dos 31 votos computados, ele recebeu 30 a favor e 1 contra. A votação foi secreta, mas o presidente da Confederação Brasileira de Desporto no Gelo (CBDG), Eric Maleson, já havia dito que faria oposição.

Dos 30 presidentes de confederações olímpicas, apenas dois não compareceram na eleição: José Maria Marín, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e Carlos Luiz Martins, interventor da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM). Ainda tinham direito a voto os três membros natos do COB: o próprio Nuzman, seu vice-presidente, André Gustavo Richer, que também foi reeleito, e João Havelange.

Mesmo aos 96 anos, Havelange compareceu à assembleia desta sexta-feira para votar em Nuzman. Ex-presidente da Fifa, ele deixou recentemente o cargo de membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) por causa das acusações de corrupção. A eleição do COB foi a sua primeira aparição pública desde que seu afilhado político Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF, em março deste ano.

Havelange chegou à assembleia amparado por um rapaz e, tão logo foi anunciado o resultado da eleição, pediu a palavra para se desculpar com o presidente do COB, por achar que tinha se equivocado no voto. Talvez por esperar que Nuzman fosse eleito por unanimidade – desconhecia a posição de Eric Maleson, da CBDG –, ele pensou que se equivocara ao preencher a cédula.

Presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, que dirigia a sessão, notou que Havelange não cometera nenhum erro na hora de votar e tratou de tranquilizá-lo. Ele também não perdeu nenhuma chance de tecer os mais rasgados elogios ao ex-presidente da Fifa e ex-membro do COI, que entrou e saiu da sede do COB sem dar entrevistas.

Quem falou foi Nuzman. "Estamos certos de que as conquistas dos atletas em 2016 consolidarão um novo patamar do esporte de rendimento no Brasil", discursou o cartola, que também ocupa simultaneamente o cargo de presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio. Ele ainda deixou aberta a possibilidade de se candidatar mais uma vez quando acabar seu novo mandato no COB. "Temos muito tempo pela frente. Não quero dar uma resposta sobre o que vai acontecer."

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