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Carpegiani reivindica ser o mentor do time campeão brasileiro de 2001 | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
Carpegiani reivindica ser o mentor do time campeão brasileiro de 2001| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo

Libertadores

Rubro-Negro agora mira o G3

A partida de hoje, no Engenhão, era muito esperada pelos atleticanos diante da expectativa de entrar no grupo dos times que se classificam para a Libertadores. Bastaria vencer o Botafogo – que terá cinco desfalques – para entrar no G4. Porém nesta semana a Conmebol comunicou que o título da Libertadores, conquistado pelo Internacional, não dá mais uma vaga ao país, transformando na prática o G4 em G3.

Mesmo com a CBF dizendo que irá tentar reverter a decisão, os clubes diretamente interessados não esconderam a revolta. "Não dá para entender. É muito ruim você começar uma competição com o regulamento já definido e no meio muda. Isso é esculhambação", protestou o técnico atleticano, Paulo César Carpegiani.

Mas ele tenta manter a motivação do elenco. Para o confronto direto de hoje, deve apenas colocar Guerrón no lugar de Paulo Baier em relação à equipe que venceu o Internacional na quarta-feira.

  • Veja a ficha técnica do jogo

O Atlético enfrenta o Botafogo, às 16 horas de hoje, no Rio de Janeiro, em busca da quarta vitória seguida e podendo chegar ao quarto lugar do campeonato. No banco de re­­servas, o mesmo treinador que montou a equipe campeã brasileira de 2001: Paulo César Carpegiani.

A maioria dos torcedores rubro-negros lembra apenas de Geninho como o comandante do maior título da história do clube. Porém quem começou aquele ano no co­­mando do Furacão foi o atual técnico, sendo decisivo na formação da equipe, como ele próprio diz.

"Montamos aquele time, trouxe o Nem para ser líbero. Depois entrou o Mário Sérgio, indicou um jogador [Rogério Corrêa] e botou como zagueiro. Essa foi a única di­­ferença", afirma. "O Mário Sér­­gio ficou quatro ou cinco jogos, de­­­­pois assumiu o Geninho. Tati­­ca­­mente, do goleiro ao ponta-esquerda, com a exceção de um zagueiro, era o meu time", reivindica Carpe­­giani – na verdade, Mário Sérgio treinou o time por dez rodadas.

Depois de vencer o primeiro turno do Paranaense e golear o Rio Branco por 5 a 0, o treinador acabou surpreendentemente substituído por Flávio Lopes no dia 18 de março de 2001. De acordo com o atual comandante rubro-negro, a interferência de empresários foi um dos motivos da sua saída. "Eu não aceito cobranças. O jogador tem de jogar por mérito. Vai sempre jogar aquele que está em me­­lhores condições. Quando existe interferência de fora, e no Atlé­­ti­­co havia muito disso, não me interessa", garante.

Nove anos depois, Carpegiani não vê muitas semelhanças entre aquela equipe e a que arrancou pa­­ra assumir a sexta colocação neste Brasileiro. A principal diferença tática é que a equipe campeã jogava com três zagueiros, enquanto a atual tem dois, Manoel e Rhodolfo.

"São times diferentes. Eu tinha um ataque que era o Alex [Mineiro] e o Kléber [Pereira] no auge. Hoje não tenho os mesmos atacantes, mas um pouco mais de velocidade. Aquela equipe era um pouco mais agressiva, mais técnica do que essa", compara.

Diante disso, apesar da expectativa crescer na torcida com os bons resultados, o treinador evi­­ta dizer que pode ocorrer um final como o de 2001. "Se vai ser campeão, se vai chegar, não sabemos dizer. Acho que a partir da décima rodada do segundo turno vamos ter as coisas mais claras", desconversou.

Mas não deixa de dar esperanças, mesmo que futuras, aos fãs rubro-negros. "Acho que no próximo ano, com a sequência de jogos, este time vai estar aprimorado, mais competitivo. Não se forma uma equipe de uma partida para a outra. A não ser que você tenha uma extrema qualidade técnica, que não é o nosso caso. Mas é um time que, acrescentando algumas peças, vai dar grandes alegrias."

Ao vivo

Botafogo x Atlético, às 16 horas, na RPC TV, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

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