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O levantador Marcelinho não conteve o choro durante a entrega da medalha de prata no vôlei masculino | REUTERS/Alexander Demianchuk
O levantador Marcelinho não conteve o choro durante a entrega da medalha de prata no vôlei masculino| Foto: REUTERS/Alexander Demianchuk

Confira como foi a final minuto a minuto

  • Bloqueio tríplo do Brasil funciona apenas no primeiro set, depois disso o time deixa o ouro escapar
  • Estados Unidos recebem o ouro. No vôlei masculino, o terceiro do país na história dos Jogos Olímpicos
  • Fim de um ciclo? O paranaense Giba ainda pode ter disputado a sua última olimpíada. O atacante promete deixar a seleção brasileira em 2010.
  • Na despedida Gustavo tem grande atuação. O Brasil leva a prata para casa

A seleção brasileira masculina de vôlei não encontrou respostas para os saques e os bloqueios de Clayton Stanley e nem para a defesa dos Estados Unidos neste domingo (24), e ficou com a medalha de prata dos Jogos de Pequim após uma derrota por 3 sets a 1.

Os EUA juntam-se agora à União Soviética como únicas equipes a conquistarem três ouros olímpicos -- os norte-americanos foram campeões também em Los-Angeles-1984 e Seul-1988.

Já o Brasil, ouro em Barcelona-1992 e Atenas-2004, perdeu a oportunidade de chegar a esse patamar e de se juntar à equipe feminina como campeões em Pequim.

O choro tomou conta dos brasileiros após o jogo. Bruninho, Dante e Marcelinho não esconderam as lágrimas, enquanto Giba saía imediatamente para o vestiário, de cabeça baixa.

"Não foi um jogo muito bom, tivemos muitos erros, não conseguimos suportar a pressão nos momentos difíceis. Mas saímos com a cabeça erguida. Volto com essa prata com muito orgulho. O meu melhor eu fiz aqui dentro", disse Marcelinho à TV.

No sábado, a seleção brasileira feminina de vôlei derrotou também os Estados Unidos para conquistar sua primeira medalha de ouro. Essa foi a segunda vez que os dois finalistas das competições masculina e feminina foram os mesmos -- em 1968, União Soviética e Japão se enfrentaram nas duas decisões.

No mês passado os Estados Unidos derrotaram o Brasil na semifinal da Liga Mundial, no Rio de Janeiro, calando o ginásio do Maracanãzinho, o que pode ter ajudado no resultado da final deste domingo. O Brasil terminou em quarto lugar na Liga, depois de perder a decisão do bronze para a Rússia, o pior resultado na competição em 10 anos.

Em Pequim, a seleção brasileira tinha perdido apenas um jogo, para a mesma Rússia, no terceiro jogo da primeira fase.

Já os Estados Unidos estavam invictos e conseguiram chegar à final após um fato trágico, o assassinato do sogro do técnico Hugh McCutcheon, morto a facadas por um suicida chinês no dia 9 de agosto. Ele só voltou ao time no último jogo da primeira fase.

"A equipe norte-americana fez um grande jogo hoje. Tentamos de tudo quanto foi jeito, e não deu. Vamos para a frente, saímos de cabeça erguida. O time está de parabéns, porque é sempre uma medalha", disse Gustavo.

O Brasil começou o primeiro set com um jogo muito rápido e, contando com vários erros dos adversários no ataque e no saque, abriu logo vantagem de 10-6. Os EUA até tentaram reagir e Clayton Stanley chegou a dar um saque a 111 km/h, mas o Brasil manteve a superioridade e fechou a parcial em 25-20 sem dificuldades.

No segundo set, Stanley lançou bombas no saque contra a defesa do Brasil e os EUA chegaram a fazer 6-0 no placar, incluindo com um ace do jogador norte-americano, mandado a 118 quilômetros por hora. Giba era o mais caçado pelas bombas de Stanley.

Os brasileiros tentavam explorar o bloqueio adversário, mas a defesa dos norte-americanos estava muito bem armada e, sem se abalar com as fortes vaias a cada saque, eles fecharam em 25-22.

O terceiro set começou bastante equilibrado e o placar permanecia invariavelmente empatado, fazendo com que o jogo de paciência tomasse conta da quadra. E a paciência dos norte-americanos acabou prevalecendo, quando finalmente conseguiram abrir uma vantagem no placar, com 12-9.

O Brasil mostrava desatenção em quadra, levando Bernardinho à loucura no banco e deixando a torcida muda nas arquibancadas. Sem nenhuma vibração, mostrando total abatimento, os brasileiros não conseguiram superar o bloqueio dos norte-americanos, nem defender, perdendo por 25-21.

O quarto set começou praticamente como o anterior, com equilíbrio no placar. Aos poucos o Brasil conseguiu abrir vantagem mas já no final voltou a ficar acuado e sucumbiu ao bloqueio e defesa dos norte-americanos, que fecharam em 25-23 com uma cortada de Stanley.

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