• Carregando...
 | Ivan Alvarado/Reuters
| Foto: Ivan Alvarado/Reuters

A seleção feminina de vôlei do Brasil espantou o fantasma dos Estados Unidos e ganhou a medalha de ouro na Olimpíada de Londres, após vencer a grande final, de virada, por 3 sets a 1 (11/25, 25/17, 25/20 e 25 a 17), de virada.

Com a vitória, o time repetiu o feito de Pequim e se tornou bicampeão olímpico. O técnico José Roberto Guimarães é tricampeão olímpico - além de Pequim e Londres, o técnico foi campeão em Barcelona (1992), com a seleção masculina de vôlei.

O jogo

Depois de uma primeira fase péssima, o time de Zé Roberto dependeu de uma combinação de resultados para se classificar para a fase eliminatória. Curiosamente, a classificação brasileira veio após uma vitória dos Estados Unidos contra a Turquia na primeira fase – principal concorrente para a vaga.

No momento de maior dúvida sobre a seleção, o time brasileiro enfrentou a Rússia nas quartas de final e venceu após ter de salvar seis match points. Após isso, vitória fácil contra o japão na semi até chegar à reedição da final de Pequim, diante dos Estados Unidos, e conquistar mais um ouro olímpico.

A final

As americanas não deram chances para as brasileiras no primeiro set. Com uma ótima recepção, os Estados Unidos conseguiram abrir boa vantagem no placar logo no começo do set, especialmente com a oposta Destinee Hooker. A vantagem americana foi ficando cada vez maior devido, também, aos muitos erros cometidos pelo Brasil. Quando não paravam no bloqueio de Jordan Larson, as brasileiras jogavam muitas bolas para fora, cedendo nove pontos em erros no primeiro set. Com uma marcação forte em Fernanda Garay e Thaisa – destaques do Brasil na competição - o time do técnico Hugh McCutcheon fechou facilmente o set em incríveis 25 a 11.

Percebendo o bom momento americano, o técnico Zé Roberto mudou a estratégia do time, não enfrentando o bloqueio dos Estados Unidos e trabalhando a bola. Apostando em um bom saque, o viu seu bloqueio funcionar – desorientando a recepção dos EUA. Com a marcação do Brasil mais eficiente, o ataque americano não conseguiu ser tão efetivo como no primeiro set. Na metade do set o Brasil imprimiu um ritmo forte e viu Sheila virar bolas importantes, abrindo oito pontos de vantagem e fechando o segundo set em 25 a 17.

O terceiro set foi mais equilibrado, com as duas equipes errando menos. Encarando mais pelo meio, a pedido do técnico, o Brasil conseguiu explorar o bloqueio, principalmente com Garay. O técnico McCutcheon teve que pedir duas paradas para tentar quebrar o bom aproveitamento das brasileiras no ataque, mas – com frieza – o Brasil seguiu virando as bolas, com destaques para Jaqueline e Sheila. Depois de um bom rally e um erro no saque americano, Sheila atacou na paralela e fechou em 25 a 20 o terceiro set.

Os Estados Unidos apostaram no bom saque de Megan Hodge no quarto set, mas - com paciência – o Brasil soube trabalhar a bola. Com forte bloqueio, as americanas foram se perdendo na partida e viram Sheila, Garay e Jaqueline crescerem ainda mais na partida, virando quase todas as bolas. Sem desespero, o time brasileiro forçou o saque, obrigando as americanas a tentar mudar a tática, sem sucesso.

O Brasil encaixou aces, bolas na paralela, bloqueios e largadinhas, mostrando bom desempenho em todos os fundamentos. Perdidas em quadra, as americanas não conseguiram evitar a derrota, após um bom ataque Fer Garay. O Brasil sagrava-se campeão olímpico, novamente, coroando uma campanha de reação que resultou no lugar mais alto do pódio.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]