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Jogadoras abraçam a treinadora Hope Powell na vitória britânica sobre Camarões, no sábado (28) | Francois Lenoir/Reuters
Jogadoras abraçam a treinadora Hope Powell na vitória britânica sobre Camarões, no sábado (28)| Foto: Francois Lenoir/Reuters

A ideia de mulheres jogando futebol nas Olimpíadas seria impensável a última vez que os Jogos foram realizados em Londres, em 1948, mas na terça-feira (31) um público recorde de 70 mil é esperado para a partida da Grã-Bretanha contra o Brasil no Estádio de Wembley.

Após vencerem seus jogos na etapa de grupos, as duas equipes se classificaram para as quartas de final, e a treinadora britânica Hope Powell mal podia conter sua empolgação com a perspectiva de enfrentar uma das favoritas à medalha de ouro.

Powell, 45 anos, que treinou a Inglaterra por 13 anos, há muito tempo esperava pelo dia em que o futebol feminino poderia ser o centro das atenções e provar, na Grã-Bretanha pelo menos, que é, como ela diz, "um esporte real que merece ser reconhecido". Sua hora finalmente chegou.

A Grã-Bretanha abriu os Jogos Olímpicos derrotando a Nova Zelândia na semana passada por 1x0, e qualificou-se para as quartas com uma vitória por 3x0 sobre os Camarões. Elas enfrentam agora uma equipe brasileira que inclui Marta, cinco vezes eleita Melhor Jogadora do Mundo.

A partida, que decidirá quem ganha no Grupo E, conquistou a imaginação do público. A multidão esperada deverá ser um recorde para uma partida internacional de mulheres na Grã-Bretanha.

"Amanhã o futebol feminino estará no centro das atenções, 70 mil pessoas vão vir e nos apoiar", disse Powell. "O fato de estarmos jogando em Wembley como GB (Grã-Bretanha) pela primeira vez, espero que na frente de um público recorde como eu tenho certeza que vai ser, é fantástico", disse ela a repórteres nesta segunda-feira (30).

Longa ausência

Os homens da Grã-Bretanha não jogam nas Olimpíadas desde 1960 e as mulheres estão fazendo sua primeira aparição nos Jogos.

A ausência da Grã-Bretanha do torneio foi principalmente o resultado dos temores do País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte de que a independência deles seria comprometida dentro da Fifa jogando juntos, como Grã-Bretanha, nos Jogos.

Depois da decisão de que Londres sediaria os Jogos de 2012, no entanto, o Comitê Olímpico Internacional insistiu que a Grã-Bretanha tinha de voltar para o futebol olímpico, dando às mulheres uma chance de brilhar 16 anos após a primeira partida de futebol feminino em uma Olimpíada.

Powell acredita que os Jogos poderiam ser o catalisador que ela há muito sonhava, com a partida contra o Brasil sendo uma oportunidade para provar o que é o futebol feminino.

"Sim, o Brasil é altamente qualificado, participaram das últimas finais olímpicas, Copas do Mundo, o estilo em que elas jogam é muito semelhante ao dos homens", disse ela. "Estamos ansiosos para o desafio", afirmou ela, acrescentando que, por vezes, toda a experiência olímpica chegava perto do irreal.

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