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Prata no Pan, Fabiana Murer é uma das poucas esperanças do atletismo brasileiro na Olimpíad a do Rio. | Wagner Carmo / CBAt/
Prata no Pan, Fabiana Murer é uma das poucas esperanças do atletismo brasileiro na Olimpíad a do Rio.| Foto: Wagner Carmo / CBAt/

O atletismo é um ponto de atenção para o Comitê Olímpico do Brasil (COB) na Olimpíada de 2016 após o fraco desempenho no Pan-Americano. Em Toronto, foram 13 pódios (um ouro, seis pratas e seis bronzes), abaixo dos 23 de Guadalajara-2011. Às vésperas da abertura do Mundial, sábado (22), em Pequim, na China, a modalidade é o calcanhar de Aquiles do Brasil pré-olímpico.

O país está em Pequim com 58 atletas (34 homens e 24 mulheres). Chances reais só no salto com vara, com Fabiana Murer e Thiago Braz (dono da segunda marca do mundo na temporada, com 5,92m), e no 4x100m masculino.

“Basta pegarmos os dois últimos ciclos olímpicos para ver que precisamos dar uma olhada no atletismo”, admite o diretor executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire. “Temos um diretor técnico novo na Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e alguns treinadores novos. O investimento tem sido feito, e não vamos mudar tudo por causa do Pan”, reforça.

Em 2015, os repasses de verba da Lei Agnelo/Piva feito pelo COB às confederações subiram para R$ 117 milhões (17% a mais que em 2014). São 29 modalidades contempladas. O atletismo é uma das cinco com cota máxima, de R$ 3,9 milhões, ao lado de esportes aquáticos, judô, vela e vôlei. Mas é o que menos tem dado bons resultados.

Ainda assim, os recursos da lei não são a principal receita da CBAt. O patrocínio da Caixa rende quatro vezes mais (R$ 16 milhões anuais), e há mais R$ 6 milhões por ano pelo programa Bolsa Pódio, que ajuda a custear treinos e técnicos.

A crise não passa só pela falta de resultados. Pela primeira vez desde 1985, a CBAt, sem patrocínio, não irá promover o GP Brasil, torneio do segundo circuito mais importante do mundo, atrás apenas da Liga Diamante. A confederação alega não ter como arcar com os R$ 3 milhões da organização. Nos últimos anos, os governos de São Paulo e Pará custearam em até 80%.

Embora haja pistas novas até no Amapá, o Rio , sede olímpica, não tem espaço há três anos , já que o Célio de Barros foi rebaixado de templo histórico a estacionamento. “Dependemos muitos dos clubes para formar”, diz o presidente da CBAt, José Antonio Marins Fernandes. “Para 2016, a ideia é pegar os melhores e dar as melhores condições. Investimos, trouxemos seis técnicos estrangeiros, entre eles o Vitali Petrov, que treinou Sergei Bubka e a Isinbayeva, e hoje treina o Tiago”, aponta.

Luz vermelha

“ Claro que a luz vermelha está acesa, há muito tempo”, aponta Robson Caetano, dono de duas medalhas olímpicas de bronze (em Seul-1988 nos 200m, e em Atlanta-1996, no revezamento 4x100m),.

Membro do 4x100m brasileiro prata na Olimpíada de Sydney-2000, Claudinei Quirino achou o Pan de 2015 mais forte que o de 2011. “Os resultados do Mundial vão se repetir muito nas Olimpíadas. Quem medalhar deverá ter mais chances.”

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