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Bolt não se intimidou com a presença de passistas e se arriscou no samba | ADRIAN DENNIS/AFP
Bolt não se intimidou com a presença de passistas e se arriscou no samba| Foto: ADRIAN DENNIS/AFP

Quem for ao Engenhão para acompanhar as provas de atletismo na Rio-2016, a partir de sexta (12), verá pela última vez o homem mais rápido da história em ação numa Olimpíada.

O jamaicano Usain Bolt confirmou nesta segunda (8) que esta será sua última presença em Jogos Olímpicos -recordista mundial dos 100m (9s58) e dos 200m (19s19), Bolt tem seis ouros olímpicos, dois nos 100m, dois nos 200m e outros dois no 4x100m, em Pequim-2008 e Londres-2012.

“Essa será minha despedida. Já fiz muitas coisas. O atletismo tem sido minha vida. E adoro isto, inspirar as pessoas. E sei que as pessoas sentirão mais falta disto do que eu”, disse Bolt em entrevista coletiva organizada pelo patrocinador do time da Jamaica, em um teatro na zona oeste do Rio.

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Bolt completará 30 anos no dia 21 de agosto, último dia dos Jogos Olímpicos. Mesmo assim, na despedida, ele espera brilhar. E qual seu sonho, além de mais um ouro? “Eu quero bater o recorde. Sei que é difícil porque perdi algum tempo de treinamento, mas nunca se sabe. Você pode entrar na pista e correr o mais rápido que pode”, afirmou o corredor.

Bolt admitiu que não está tendo a melhor temporada possível. Ele se machucou, uma lesão muscular na coxa, na seletiva jamaicana para a Rio-2016, no início de julho. Só se garantiu no Rio como terceiro membro da equipe nos 100m e 200m, com uma liberação médica depois de participar da etapa de Londres da Etapa Diamante, no fim de julho.

“Não é uma temporada perfeita, isso é fato. Mas estou treinando, meu corpo está bem, podem ter certeza disso”, disse o jamaicano, que estava bem-humorado. Ele até ensaiou dançar quando um dos presentes, um jornalista norueguês, começou a cantar um rap.

Sobre o Rio, admitiu que tem visto muito pouco da cidade desde que desembarcou na cidade, dia 26 de julho.

“Fico no hotel, agora no quarto da Vila [Olímpica]. Tenho contato com o pessoal da pista onde treinamos, pessoal muito carinhoso. É uma cidade que sempre me acolhe muito bem”, afirmou o velocista, que contou ter comprado uma TV para colocar em seu quarto, no apartamento que está Vila Olímpica.

Quando terminou a entrevista, o alto-falante iniciou um samba, e mulheres com fantasias de carnaval entraram para dançar com o atleta, que não se intimidou, deu alguns passos e depois foi embora com elas, de trenzinho.

O jamaicano entrará na pista do Engenhão pela primeira vez no sábado (13), nas eliminatórias dos 100m. A final da prova mais rápida do atletismo será no domingo (14), e seus principais rivais pelo ouro serão o compatriota Yohan Blake e o americano Justin Gatlin.

Outro adeus

Recordista mundial dos 100m rasos até Usain Bolt aparecer e assombrar o mundo, o também jamaicano Asafa Powell admitiu nesta segunda (8) que a Rio-2016 também será sua despedida olímpica. “A última, definitivamente. Minhas pernas precisam de descanso”, brincou Powell, 33.

Powell correu para 9s77 em junho de 2005, batendo marca de 9s79 do americano Maurice Greene. Powell ainda faria 9s74. Em 2008, Bolt faria 9s72 e superaria a marca.

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