• Carregando...
Robson Conceição busca final olímpica. | YURI CORTEZ/AFP
Robson Conceição busca final olímpica.| Foto: YURI CORTEZ/AFP

O baiano Robson Conceição, 27 anos, garantiu na sexta-feira (12) a primeira medalha do boxe brasileiro na Rio-2016. Três horas depois de derrotar o uzbeque Hurshid Tojibaev, por decisão unânime, já estava de volta aos treinos para mudar a cor da medalha.

Ao se classificar às semifinais, Conceição garantiu pelo menos o bronze. Se passar pelo cubano Lázaro Jorge Alvarez neste domingo (14), às 12h30, também no Pavilhão 6 do Riocentro, irá disputar o ouro na categoria leve (até 60 kg) dois dias depois.

Robson ConceiçãoYURI CORTEZ/AFP

O duelo Brasil x Cuba também vale outra medalha no boxe neste domingo. Pelas quartas de final da categoria até 81 kg, o carioca Michel Borges, 25, desafia o cubano Julio Cesar La Cruz, dois anos mais velho, atual tricampeão mundial. O vencedor avança à semifinal e, mesmo que perca, tem a garantia de que levará o bronze.

“Treino bastante, sofro muito. Graças à minha dedicação estou conseguindo bons resultados”, diz Robson Conceição, o número cinco do ranking da Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba), que apresentava um pequeno corte no lado esquerdo da maça do rosto.

Michel BorgesYURI CORTEZ/AFP

Nada comparável ao corte acima do olho que o acompanhava no ano passado, na primeira vez que encarou Alvarez. O duelo, válido pelo Mundial de 2015, em Doha, no Catar, também valia vaga na grande decisão.

“Fui para a luta um pouco lesionado, com um corte enorme no supercílio que me atrapalhou bastante. A luta foi 2 a 1 pra ele”, relembra o baiano.

“Mas na final do Continental [na Venezuela, também no ano passado] estava tranquilo, consciente, e ganhei por decisão unânime. Com certeza essa luta vai pegar fogo”, acredita o atleta natural de Salvador.

O cubano já tem um bronze olímpico, conquistado na categoria até 56 kg em Londres, além de ser o líder do ranking da categoria. O próprio Robson considera o confronto uma espécie de final antecipada, um “duelo de titãs”.

Por isso, a comemoração pela garantia da medalha não saiu da arena. “É do treino para casa, da casa para o treino. Esse é nosso foco. Você não nos vê passeando pela Vila, pegando táxi para ir a lugar nenhum. A única coisa que fazemos é sair da Vila e vir para cá [Riocentro] treinar. Ninguém veio para passear”, comenta o treinador Claudio Aires.

A empolgação pela campanha no Rio contrasta com as decepções vividas por Robson nas últimas duas Olimpíadas. Tanto em Pequim-2008 quanto em Londres-2012, o baiano caiu na primeira fase, sendo que na Inglaterra ele era um dos favoritos ao pódio.

No último ciclo olímpico, porém, o pugilista se levantou e conquistou ótimos resultados. Venceu dois Pan-americanos de boxe (Chile e Venezuela) e conquistou um vice e um terceiro lugar em no Mundial.

“Foi uma espera, quatro anos sofridos de treino. Mas nesse período tive melhores os melhores resultados na minha vida”, ressalta.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]