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O começo de Andrey Godoy na vela foi natural: ele morava no Clube Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu. | Divulgação/Veleiros do Sul
O começo de Andrey Godoy na vela foi natural: ele morava no Clube Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu.| Foto: Divulgação/Veleiros do Sul

Não é exagero dizer que o esporte está na vida de Andrey Godoy desde os primeiros dias de vida. Até os dois anos, ele morou dentro do Iate Clube Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu, onde os pais trabalhavam. “Sempre via os barquinhos por lá”, conta.

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A aproximação com a vela foi natural. Hoje, com 16 anos, é uma das principais promessas do país na modalidade. Foi escolhido o melhor atleta do estado em 2015 em votação popular do Prêmio Orgulho Paranaense, entregue dezembro.

O reconhecimento veio depois da melhor temporada da curta carreira. Foi vice-campeão brasileiro e campeão sul-americano. “Foi o grande ano dele. Está muito focado e é um atleta que possivelmente pode representar o Brasil em uma Olimpíada”, destaca o técnico e irmão, Allan Godoy.

“Quero ir para o Rio para assistir os melhores do mundo e também já me acostumar com o clima olímpico. Espero estar brigando, estar na seletiva para a Olimpíada de 2020.”

Andrey Godoy velejador, 16 anos

O caminho até o principal evento esportivo mundial, porém, é longo. Andrey compete na classe Laser 4.7, uma categoria de transição antes de se chegar à Laser Standard que é disputada nos Jogos Olímpicos e que tem como grande nome Robert Scheidt, medalhista de ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004.

Completar esta fase de transição demanda tempo por exigir uma metamorfose física nos atletas. Atualmente, Andrey tem 1,74m e 62 kg. Em nível olímpico, os competidores costumam ter mais de 1,80m e cerca de 80 kg. Ou seja, além de ganhar mais altura, ele precisa engordar quase 20 quilos. O porte físico mais avantajado é necessário para conduzir sozinho o barco em competições de alto rendimento.

Na Olimpíada do Rio, em 2016, a revelação paranaense será apenas um espectador. Mas o sonho é representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, em 2020. “Quero ir para o Rio para assistir os melhores do mundo e também já me acostumar com o clima olímpico. Espero estar brigando, estar na seletiva para a Olimpíada de 2020”, projeta Andrey.

A manutenção no esporte até lá, no entanto, depende de mais recursos financeiros. Atualmente, ele recebe apoio da Itaipu Binacional, por meio do Projeto Velejar é Preciso, e é um dos contemplados com a bolsa TOP 2016, do governo do estado. Ainda não é o suficiente.

“São poucos os que conseguem seguir na modalidade. Os equipamentos, o aluguel do barco. As coisas são caras”, reconhece. “Eu estou batalhando para conseguir mais patrocínios”, diz o velejador que em janeiro busca o título brasileiro no Rio de Janeiro.

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