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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Crise política, econômica, zika vírus, ameaça terrorista, poluição da Baía de Guanabara, falha na vila dos atletas… O cenário que cercava o Rio de Janeiro a poucos dias do início dos Jogos Olímpicos, em agosto, não era dos melhores. No entanto, tudo ficou para trás durante as quase três semanas de disputa da Rio-2016. A primeira Olimpíada realizada na América do Sul foi inesquecível e deixará saudades.

Relembre abaixo alguns dos momentos mais marcantes da Olimpíada do Rio.

Abertura memorável

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A Olimpíada começou com o pé direito graças a uma cerimônia de abertura de sucesso. O voo do 14 bis de Santos Dumont e o desfile de Gisele Bündchen como a “Garota de Ipanema” foram alguns dos destaques da festa. Houve momentos curiosos também como a presença do ‘besuntado de Tonga’ na apresentação das delegações.

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No fim, coube ao ex-maratonista paranaense Vanderlei Cordeiro de Lima a honra de acender a pira olímpica. Ele recebeu o fogo olímpico das mãos de Hortência. Quem entrou no Maracanã com a tocha foi Gustavo Kuerten, o Guga, fechando o ciclo de 12 mil condutores a carregar a tocha da Rio-2016.

Mulheres de ouro

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O primeiro ouro brasileiro na Rio-2016 foi de Rafaela Silva. Nascida e criada na Cidade de Deus, subúrbio carioca, a judoca se consagrou em casa. A medalha dourada ainda representou redenção para a atleta. Após ser eliminada dos Jogos de Londres, em 2012, Rafaela foi vítima de racismo nas redes sociais. “Eu treinei muito. Depois daquele sofrimento, da minha derrota, muitos me criticaram, disseram que o judô não era para mim. Eu ia largar o judô. Agora sou campeã”, desabafou, entre lágrimas, a judoca, após a vitória.

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Na vela, Martine Grael e Kahena Kunze também ficaram com o ouro. A festa pela medalha foi uma das mais bonitas registradas. Assim que saíram da água, a dupla foi carregada em cima do barco pela torcida presente no aterro do Flamengo. Já com a medalha no peito, as duas pularam a grade que separava o público: distribuiram abraços e cumprimentos por quase uma hora.

Brasil, o país do vôlei

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Depois de dois vices seguidos, a seleção masculina de vôlei do Brasil voltou ao lugar mais alto do pódio na Rio-2016. O time verde-amarelo quase foi eliminado ainda na primeira fase, mas reverteu a situação e chegou até a final em que derrotou a Itália. Bernardinho alcançou a sexta medalha olímpica como técnico (ele também tem uma como jogador). Já o líbero Serginho se despediu da seleção aos 40 anos e tornou-se o atleta de esportes coletivos com mais medalhas no país: quatro.

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No vôlei de praia masculino, a sequência de dois vices consecutivos do Brasil também foi quebrada graças a Alison e Bruno Schmidt. Turbinada pelo apoio do público na arena montada na praia de Copacabana, a dupla conquistou o ouro ao vencer os italianos Paolo Nicolai e Daniele Lupo.

O voo dourado de Braz e o ouro inédito no boxe

AFP

Na chuvosa noite de 15 de agosto no Engenhão, Thiago Braz surpreendeu o mundo. O saltador brasileiro de apenas 22 anos bateu o recorde olímpico com a marca de 6,03m e conquistou a medalha de ouro. Feito inesperado, já que o franco favorito era o francês Renaud Lavillenie, campeão em Londres-2012, número 1 do ranking e recordista mundial. Ao longo da disputa pela medalha, o atleta europeu passou a ser muito pressionado pelas arquibancadas. Vaias ecoaram no momento de seus saltos, o que o irritou. No fim, teve de se contentar com a prata.

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No boxe, Robson Conceição disputou sua terceira Olimpíada. Em Pequim-2008 e Londres-2012, foi eliminado logo na primeira luta. Mas lutando com o apoio da torcida, a história foi diferente. O pugilista baiano peso-leve foi soberano em sua categoria e subiu ao lugar mais alto do pódio. Ele se tornou o primeiro medalhista dourado do país na modalidade.

Lendas olímpicas

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Os maiores nomes do esporte mundial não decepcionaram na Rio-2016. Não houve chance para zebras com Michael Phelps e Usain Bolt.

Após superar episódios de prisão, uso de drogas, alcoolismo e depressão, Phelps retornou da aposentadoria para brilhar nas piscinas do Rio de Janeiro. Faturou seis medalhas, sendo cinco de ouro. No total, acumula 28 conquistas olímpicas (23 de ouro). É o maior da história.

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Já nas pistas, Bolt encerrou sua trajetória olímpica e, mais uma vez, não viu ninguém à sua frente. Ele conquistou os históricos tricampeonatos dos 100 e 200 metros rasos, além dos 4 x 100 metros. Não foi ameaçado em nenhuma das disputas. São nove ouros na carreira para o carismático jamaicano.

A coleção de medalhas de Isaquias

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Isaquias Queiroz saiu da pequena Ubaitaba, no interior da Bahia, para entrar para a história do esporte olímpico brasileiro. O canoísta conquistou três medalhas na Rio-2016: duas pratas e um bronze. Ele foi o primeiro atleta do país a subir no pódio três vezes em uma mesma edição de Jogos Olímpicos.

É só o começo. Com apenas 22 anos, projeta-se, pelo menos, mais duas Olimpíadas para Isaquias e ele vai lutar para ser tornar o maior medalhista brasileiro de todos os tempos. Este título, por enquanto, pertence aos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael que tem cinco pódios olímpicos no currículo cada.

Acabou a sina no futebol

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Desde Helsinque-1952, o futebol brasileiro acumulava 11 participações olímpicas no futebol masculino. Todas acabaram em frustração, mas a história mudou na Olimpíada do Rio. Em casa, finalmente veio o tão sonhado ouro, o título que faltava no currículo da seleção.

Coube ao técnico Rogério Micale, radicado em Londrina, comandar o time e conduzi-lo à conquista. Neymar foi líder da equipe dentro de campo. Mas o herói improvável foi Weverton. O goleiro do Atlético acabou convocado às pressas depois do inesperado corte de Fernando Prass e deu conta do recado. Fez uma Olimpíada impecável e sofreu gol apenas na final contra a Alemanha. Na decisão por pênaltis, consagrou-se de vez ao defender uma das cobranças.

Torcida, um show particular

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Um clima de estádio de futebol tomou conta das arenas olímpicas. O torcedor brasileiro quebrou protocolos, abusou da criatividade e pegou muito no pé dos adversários de atletas da casa, o que chegou a irritar alguns competidores gringos. O saltador francês Renaud Lavillenie e a goleira norte-americana Hope Solo foram as vítimas preferidas. No boxe até um juiz brasileiro foi exaltado durante um dos combates. O ânimo das arquibancadas será uma das boas lembranças da Rio-2016.

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Ryan Lochte e o falso assalto

Martin Bureau/AFP

Não faltaram polêmicas na Rio-2016. A maior delas envolveu os nadadores norte-americanos Ryan Lochte, Jack Conger, Gunnar Bentz e Jimmy Feigen. Lochte, 12 vezes medalhista olímpico, afirmou que o grupo teria sido assaltado por homens que se passavam por policiais armados em um posto de gasolina, mas investigação apontou que a história foi inventada. Na realidade, uma segurança sacou uma arma para conter Lochte – que estava bêbado e agressivo – e seus colegas depois que eles tentaram ir embora após vandalizarem o banheiro do local.

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Medalhas paranaenses

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O Paraná levou uma delegação recorde de 33 atletas para a Rio-2016. Os competidores nascidos ou radicados no estado somaram cinco pódios: três ouros (Zeca no futebol; Serginho e Lipe no vôlei), uma prata (Ágatha no vôlei de praia) e um bronze (Rafael Silva no judô). Serginho, de Diamante do Norte, alcançou a quarta medalha olímpica. Nos tatames, Rafael Baby acrescentou o segundo bronze a seu currículo.

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