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Mensagem nas lanchonetes: “esperamos resolver os problemas amanhã” | Marcos Xavier Vicente/Gazeta do Povo
Mensagem nas lanchonetes: “esperamos resolver os problemas amanhã”| Foto: Marcos Xavier Vicente/Gazeta do Povo

Não bastasse os preços altos dos alimentos – um hambúrguer custa R$ 20 -, o torcedor que foi assistir o primeiro dia do tiro esportivo na Rio-2016 neste sábado (5), em que o brasileiro Felipe Wu se classificou à final da pistola de ar 10 metros a partir das 15 horas, não pôde se alimentar. Além de a organização dos Jogos não ter distribuído nenhum tipo de alimento nas três lanchonetes do estande de tiro no Complexo Olímpico de Deodoro, a única opção de pagamento para quem quer comprar bebidas é cartão Visa, patrocinadora do Comitê Olímpico Internacional (COI). Nem dinheiro os estabelecimentos aceitam.

As lanchonetes estão operando sem caixas registradoras e nem alimentos. “A previsão é de que amanhã tudo esteja resolvido”, afirma um aviso exposto nos balcões das três lanchonetes do estande.

Advogado Paulo Victor Braga e a família não puderam se alimentar enquanto assistiam às provas de tiro esportivoMarcos Xavier Vicente/Gazeta do Povo

“Isso é indignante. Cheguei aqui às 8 horas e vou ficar até as 18 horas sem comer nada. Estou com R$ 1.200 no meu bolso e tive de emprestar no cartão do meu amigo para poder beber alguma coisa”, afirma o advogado Bruno Maffessoni, que veio de Caçador (SC) para assistir a três dias de disputas do tiro.

Por cada dia,Maffessoni pagou o equivalente a R$ 100. “Fico pensando nas pessoas que trazem crianças. Elas têm de ir embora mais cedo porque não tem como ficar sem nada para comer”, reclama Maffessoni, que pretende processar a organização dos Jogos.

A família do também advogado carioca Paulo Victor Braga também teve de se virar para poder comprar bebidas. Ele e a sogra, Dunia El Khouri, 59 anos, tiveram de pagar as bebidas em seus cartões para o restante da família. “A gente veio sem almoçar, pensando que iríamos ter um dia divertido, comer um cachorro-quente durante as provas, mas isso aqui está num abandono”, enfatiza.

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A esposa de Paulo, a também advogada Cristina Kurtz, 31 anos, afirma que no caso do estande de Deodoro a situação é ainda mais complicada, já que o lugar é isolado e não tem nenhum comércio em volta, apenas quartéis do Exército. “Os torcedores gringos não estão entendendo nada, ficam indignados porque têm dinheiro, mas não podem comprar. A sensação é que tudo aqui está sendo feito nas coxas”, afirma.

Cerimônia de abertura.

Na cerimônia de abertura da Rio-2016, outro problema. As lanchonetes demoraram para servir alimentos.

Até as 18 horas, duas horas antes do evento, apenas uma lanchonete do Maracanã servia sanduíches. Além disso, nenhum fornecia nota fiscal. Os atendentes orientavam o consumidor a deixar o e-mail para receber o tíquete fiscal depois.

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