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Wallace passa pelo bloqueio mexicano: vitória com direito a susto e lição para a seleção brasileira. | Johannes Eisele/AFP
Wallace passa pelo bloqueio mexicano: vitória com direito a susto e lição para a seleção brasileira.| Foto: Johannes Eisele/AFP

Única seleção estreante no torneio masculino olímpico, o México conseguiu vencer um set sobre a seleção brasileira de vôlei, o que não foi o suficiente para ganhar o jogo deste domingo (7), no Maracanãzinho. Porém, ligou o alerta no time comandado por Bernardinho.

O Brasil venceu de virada por 3 sets a 1 (parciais de 23/25, 25/19, 25/14 e 25/18), com uma ótima atuação do oposto Wallace após um primeiro set ruim de todos os jogadores brasileiros.

No entanto, era esperado uma atropelamento da equipe que lidera o ranking mundial de vôlei contra a pior das 12 classificadas para os Jogos do Rio – o México é apenas o 24º da lista.

Depois de um primeiro set em que os brasileiros não conseguiram encaixar nem saque nem ataque, nem bloqueio nem defesa, depois do meio-dia a equipe acordou – o jogo começou às 11h35.

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Quando os aces começaram a entrar, ou seja, o saque forçado fazer parte do jogo, o Brasil se empolgou. E levou a torcida que lotou o ginásio junto. Ou vice-versa.

O experiente líbero Serginho, 40, único com ouro olímpico na bagagem, era quem puxava os demais. O capitão Bruninho também atuava como motivador em quadra, ainda sob os olhares críticos de Bernardinho à beira da quadra.

Enfim, foi uma estreia com vitória. Mas muito mais apertada em certas partes do duelo que devia ser contra um time sem qualquer tradição no vôlei como o México.

A classificação inédita mexicana para a Olimpíada aconteceu por causa de uma mudança nos pré-olímpicos determinada pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei), que queria distribuir melhor as vagas por todos os continentes. Assim, em vez de diversas vagas para os europeus (foram sete em Londres-2012), desta vez são apenas quatro times da Europa, mesmo número de equipes das Américas do Norte e Central, por exemplo.

O presidente da FIVB, o brasileiro Ary Graça, disse à Folha de S.Paulo que apesar da melhor distribuição das vagas, o novo sistema de classificação não privilegiou o nível técnico e deve ser alterado para Tóquio-2020. Ninguém imaginava que o México pudesse fazer frente ao Brasil.

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Levantador mexicano

Tecnicamente, o que aconteceu no primeiro set da partida deste domingo (7) foi uma ótima atuação do levantador mexicano Pedro Rangel, camisa 10 do time. Ele conseguiu distribuir o jogo melhor que o brasileiro Bruninho, ou que seu substituto William em determinados momentos da partida.

Por exemplo, nenhum atacante mexicano se destacou dos demais, com todos marcando praticamente o mesmo número de pontos. Enquanto isso, entre os brasileiros, o ponteiro Lucarelli chamou a responsabilidade de ser o maior pontuador no início do jogo e o oposto Wallace – com muito destaque – na reta final. O central Lucão também teve boa atuação.

O Brasil, porém, vai precisar de muito mais nas próximas partidas. A começar pela da terça, às 22h35, contra o Canadá. Contudo, a torcida apoiou o time e cantou que “o campeão voltou”.

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