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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Nomes dos outros presos

- Cirus Itiberê da Cunha, 57 (diretor financeiro do FPF e presidente da Comfiar)- Carlos Roberto de Oliveira, 62 (presidente do conselho fiscal da PFP)- Marco Aurélio Rodrigues, 37 (auxiliar do departamento financeiro da FPF e fiscal eletivo da Confiar)- Laércio Polanski, 47 (contador e tesoureiro da FPF e fiscal da Comfiar)- José Johelson Pissaia, 59 (diretor administrativo da FPF)- César Alberto Teixeira de Oliveira, 43 (ex-fiscal suplente da Comfiar)- Vanderlei Manoel Inácio, 45 (O Colégio Técnico de Futebol Pinheirão estaria registrado em seu nome)- Roberto Tiboni, 54 (arrendatário do estacionamento do Pinheirão - feirão de automóveis)

O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) Onaireves Moura, de 60 anos, e mais oito pessoas foram detidos na manhã desta terça-feira (6) em Curitiba. As prisões foram realizadas pelo Núcleo de Repressão contra Crimes Econômicos (Nurce) durante a operação "Cartão Vermelho" no Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o grupo é suspeito de utilizar a FPF para cometer crimes de desvios de dinheiro, fraude processual e à execução, estelionato e apropriação indébita. Moura, segundo a Sesp, é apontando como o mentor da quadrilha.

As investigações começaram em junho deste ano e os desvios chegariam a R$ 5 milhões. Além da própria FPF, as supostas irregularidades envolveriam o Colégio Técnico de Futebol do Pinheirão, a FPFTV (televisão por internet), a Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Comfiar) e a Federação das Associações dos Atletas.

A federação teria contratado ainda a empresa MPT3, de propriedade de Roberto Tiboni, de 54 anos. O empresário teria arrendado o estacionamento do Pinheirão para realizar uma feira de veículos. O delegado informou que 600 veículos, por sábado, entravam no feirão de automóveis. O contrato, de 2001 a 2006, entre a empresa e a FPF seria de R$ 100 mil por ano. Em 2006, o contrato foi renovado e o valor teria aumentado para R$ 130 mil por ano, mais 50% da arrecadação do feirão.

Segundo o delegado Sérgio Sirino, chefe do Nurce, Moura teria iniciado um projeto de criar uma igreja evangélica que se chamaria Rede de Deus para lavar dinheiro desviado de arrecadações dos campeonatos paranaense e brasileiro, além de outras irregularidades.

Além dos nove mandados de prisão, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão na sede da PFP e nas residências dos suspeitos. Um dos mandados foi cumprido em um escritório de contabilidade de São Paulo e outro na sede do clube de futebol Galo Adap, em Maringá, no Noroeste do Paraná. O clube teria feito depósitos suspeitos na conta do Colégio Técnico.

O advogado Vinícius Gasparini, que defende Onaireves em outros processos, informou que não vai representar o ex-presidente neste novo caso. "Eu estou cuidando dos casos relativos a suspeita de crimes tributários", disse Gasparini por telefone. "Como a prisão é temporária, de cinco dias, ele deve constituir advogado após ser libertado", completou. O advogado contou ainda que Onaireves se mostrou tranqüilo com a prisão. "Ele disse que não há problema algum e que vai prestar todo o tipo de informação necessária para a polícia".

Afastamento

Em junho, Moura foi suspenso por seis anos das funções administrativas da FPF pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, após 22 anos à frente da Federação. Ele foi indiciado por infringir principalmente o artigo 238 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – "receber ou solicitar, para si ou para outrem, vantagem indevida em razão de cargo ou função".

O caso aponta que borderôs de jogos do Campeonato Paranaense haviam sido adulterados e parte dos 5% das rendas – que são destinados à FPF – seria desviada através da Comfiar.

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