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Experiência e juventude estão misturadas na delegação brasileira de cinco atletas que disputará a Olimpíada de Inverno de Vancouver. Jaqueline Mourão e Isabel Clark, que já disputaram outras edições do evento, estarão ao lado de estreantes como Jhonatan Longhi, Maya Harrison e Leandro Ribela. Com exceção de Isabel, que nos Jogos de Turim terminou a competição de snowboard cross em 9.º lugar, competir é o mais importante.

Isabel acredita que terá de se superar para igualar em Vancouver o desempenho na Itália. "Hoje sou uma atleta bem mais completa e forte mas o meu esporte está se desenvolvendo muito. Está muito competitivo". Para piorar, a atleta, que será porta bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, sofreu um acidente há algumas semanas no qual bateu a cabeça. "Fiquei muito preocupada, mas felizmente pude me recuperar rapidamente e já tive dias fortes de treino depois disso".

A mais experiente da delegação é Jaqueline Mourão, de 35 anos, que em Vancouver acrescentará no currículo sua segunda Olimpíada de Inverno fora duas de verão, nas quais competiu no mountain bike. "Espero melhorar meu resultado de Turim (67.º)", afirmou. "Mas também quero que minha trajetória inspire jovens brasileiros a se dedicarem ao esqui cross-country e no futuro poderemos brigar por medalhas".

Leandro Ribela é estreante. "Espero conquistar a melhor marca brasileira em olimpíadas no esqui cross-country masculino (15 km)", revelou o paulistano, que espera superar Alexander Penna, 64.º lugar na prova de 50 km em 2002. Garante que está preparado "Com o auxilio da bolsa da Solidariedade Olímpica do Comitê Olímpico Internacional (COI) e o apoio da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) pude contar com o auxilio de um preparador físico no Brasil, técnicos estrangeiros no período de competições e também tive condições de realizar vários training camps".

Filhos adotivos

A presença de Maya e Jhonatan na Olimpíada de Inverno é resultado da providência. Os dois nasceram no Brasil mas foram adotados por casais estrangeiros que lhes apresentaram os esportes de inverno.

A presença em Vancouver é especial para Jhonatan, de 22 anos, cujo pai foi esquiador. O menino, que é de Americana (SP), emigrou para a Itália aos 3 anos. As ambições no slalon gigante e no slalon especial são modestas. Ficar entre os 30 melhores seria um feito. Uma contusão piora as coisas. "Quebrei o dedo da mão direita e preciso treinar e competir com uma tala de carbono no braço".

Maya, que é carioca, foi adotada ainda bebê e foi morar na Suíça Assim como Jhonatan, conheceu o esqui por influência dos pais aos 3 anos. Em Vancouver, aos 18 anos, quer terminar suas provas de slalon gigante e especial ao mesmo tempo que espera diminuir o peso financeiro de sua atividade sobre a família, já que mora fora de casa para treinar, em Lycee du Mont-Blanc. "Preciso conseguir um patrocinador que ajude a minha mãe a cobrir os custos", disse a atleta, que também conta com apoio financeiro do COI.

A dupla garante que, apesar da distância, não se esqueceu do Brasil. O pai de Jhonatan conta que, em 1994, o filho foi o único em casa a comemorar o pênalti perdido de Roberto Baggio na final da Copa do Mundo. "Estou orgulhoso e ansioso por representar o Brasil", afirmou. "Eu voltei ao Rio no ano passado para estudar português. Gostaria de voltar outras vezes", complementou Maya.

Bobslead

A equipe brasileira de bobslead, os ‘frozen bananas’, não estarão em Vancouver. O País não obteve índice.

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