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O lateral-esquerdo Fabinho volta ao time depois de ficar de fora do vexame tricolor em Goiânia, ao cumprir suspensão | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
O lateral-esquerdo Fabinho volta ao time depois de ficar de fora do vexame tricolor em Goiânia, ao cumprir suspensão| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Mistério na escalação paranista

Sérgio Soares disfarçou, treinou duas formações diferentes, mas deve optar pela mudança tática para o confronto com o Ipatinga, hoje, na Vila Capanema. Pelo desempenho no treino e pela composição do time no ensaio de bola parada e de posicionamento, o meia Élvis deve mesmo deixar a equipe para a entrada de um terceiro zagueiro – o trio de zaga teria Dirley, Gabriel e Freire. No ataque, Bebeto não resistiu à má apresentação em Goiânia. Malaquias e Alex Afonso brigam por vaga ao lado de Wando. "Fica a dúvida para pensarmos. Temos um atleta mais veloz (Malaquias) e outro que é uma referência na área (Alex Afonso)", limitou-se a dizer o treinador. Certa mesmo é a estreia em casa do zagueiro Gabriel.

Ontem, o Tricolor confirmou mais um reforço: o lateral-esquerdo Márcio Goiano, de 24 anos, contratado do Iraty. Murilo Ceará, da mesma posição, teve o contrato rescindido. (SG)

"O Paraná perdeu credibilidade e o respeito dos adversários"

Ricardinho não tem do que reclamar da vida. Nem o inexpressivo futebol do Catar chateia o meia de 33 anos. "Lá eu tenho tudo o que eu quero neste momento", diz o jogador do Al-Rayaan, um dos principais clubes do país. A má fase do Paraná, porém, incomoda. Ricardinho ainda tenta entender os motivos que levaram o Paraná a perder a soberania regional. E o que é pior, a lutar pela permanência na Série B nacional. "O problema é administrativo, falta planejamento", ressaltou ele, em entrevista concedida na noite de sexta-feira, na sede da Ricardinho Sports, complexo esportivo que mantém em Curitiba.

Leia a entrevista com o jogador do Al-Rayaan (Catar) Ricardinho

Marcação forte, sem oferecer espaços ao adversário e cautela em dose bem maior do que a ousadia. Junte-se a isso paciência no toque de bola e ataque calcado principalmente em saídas rápidas no contragolpe. Essa combinação, que muitos chamam de espírito de time pequeno, é o que o Paraná pretende adotar para o confronto de hoje contra o Ipatinga, às 19h30, na Vila Capanema.

Voltar a vencer é obrigação no Tricolor, em jejum há cinco partidas e ainda com as cicatrizes do vexame em Goiânia. No Serra Dourada, perdeu por 5 a 0 para o Atlético-GO na estreia do técnico Sérgio Soares. A atuação pífia do time assustou o substituto de Zetti e mandou o Paraná à zona de rebaixamento. Destino natural para uma equipe que não balança a rede há quatro rodadas, ostenta o terceiro pior ataque e a terceira pior defesa da Segundona.

Para dar novas cores à caminhada paranista, o discurso na véspera do duelo com o Tigrão foi bem ensaiado. Primeiro objetivo: esquecer o fiasco de sábado. Segundo: não poupar fôlego em campo. O jogo mais físico, apontado pelo elenco como o primeiro passo para a recuperação do time – e da confiança na capacidade do grupo –, traz consigo um antídoto para a provável impaciência da torcida no Durival Britto. "Nenhum torcedor vaia ou xinga jogador que corre. Temos de nos dedicar para merecer o apoio da torcida", explicou Sérgio Soares.

Apesar da falta de pegada e de atenção na partida passada, o comandante não apelou para a bronca. Na reunião com jogadores e diretoria dentro de campo, antes do treino de ontem, preferiu uma injeção de ânimo. "Eles têm de acreditar no potencial deles. Não era hora de bater, mas de incentivar, de estimular", falou o treinador.

Ainda um pouco abatido, o volante João Paulo foi um dos mais enfáticos. "Temos de mostrar que somos homens, dar aquele algo a mais. Não entendemos o que está acontecendo, mas o Paraná tem de começar a vencer agora", disse. "O jeito é jogar como time pequeno", complementou.

Para que o Ipatinga "pague o pato pela má fase paranista", como espera o meia Davi, o jeito é não confiar apenas na qualidade do elenco. "Se não está funcionando na técnica, tem de ser na raça, no coração", prescreveu o lateral Murilo. "Pressão temos de todos os lados, mas a cobrança tem de começar por nós mesmos", acrescentou.

Ao vivo

Paraná x Ipatinga às 19h30, no Premiere e no tempo real aqui na Gazeta do Povo.

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Em Curitiba

Paraná

Ney; Freire (Élvis), Gabriel, Dirley; Murilo, Adoniran, João Paulo, Davi e Fabinho; Wando e Malaquias (Alex Afonso)

Técnico: Sérgio Soares

Ipatinga

Marcelo Cruz; Cláudio, Léo Oliveira, Alessandro Lopes e Marinho Donizete; Lucas, Max Carrasco, Leandro Brasília e Marcelo Moscatelli; Marcelo Ramos e Amílton

Técnico: Marcelo Oliveira

Estádio: Vila Capanema. Horário: 19h30. Árbitro: Paulo Henrique G. Bezerra (SC). Auxs.: Alcides Zawaski Pazetto (SC) e Claudemir Maffessoni (RJ)

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