• Carregando...

Além da forte ventania que castigou Curitiba no domingo, um parafuso desgastado – ou qualquer outro problema na fixação da peça publicitária – pode ter causado a queda de placa, confeccionada de plástico, da empresa Kyocera que atingiu dois torcedores na Arena, durante a vitória do Atlético por 4 a 1 sobre o Engenheiro Beltrão.

Engenheiro responsável pela construção do estádio rubro-negro, Luiz Carlos Volpato explica que acidentes assim não acontecem por causa de um motivo único, tese defendida pela diretoria rubro-negra. Ainda no domingo o clube publicou uma nota oficial em seu site "culpando" a natureza pelo imprevisto.

"Por ser ainda aberto, o estádio é como se fosse uma concha. O vento bate e volta. E a circulação de vento gera esforços não normais. Mas isso nunca acontece por motivo único. Como outras placas não caíram, é bem provável que tenha havido falha na colocação ou no produto utilizado na fixação, como um parabolt (parafuso) enferrujado, por exemplo", afirmou Volpato.

O engenheiro, entretanto, exime totalmente o clube de culpa. "O Atlético contratou uma empresa que foi lá e colocou a placa. O serviço deve estar na garantia, inclusive. Quem instalou é que tem de levar em conta essa condição (climática)", disse ele.

A reportagem entrou em contato ontem com o diretor de marketing rubro-negro Mauro Holzmann, que manteve a versão oficial do acidente. "Uma tempestade fora do comum derrubou a placa, assim como derrubou árvore, poste... Só isso", comentou o dirigente.

Os dois torcedores atingidos pela peça publicitária passam bem. Um deles, que não teve o nome divulgado, teve alta ainda na Arena, após receber atendimento no ambulatório do estádio. Já o atleticano Sidney Gomes da Silva, de 40 anos, foi encaminhado para o Hospital Vita, onde fez exames de rotina. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, liberado pelos médicos, Silva pediu para completar o período de observação em casa.

"O paciente chegou acordado, consciente, com uma escoriação no coro cabeludo. Tomou uma medicação para dor e passou por um exame de tomografia. Em seguida ele foi encaminhado para o neurocirurgião, que o liberou", explicou o médico Diego Portugal Maziel, responsável pelo primeiro atendimento no torcedor.

Silva visitou ontem o CT do Caju para uma consulta com o departamento médico do Atlético. A Gazeta do Povo tentou entrar em contato, mas o torcedor não se encontrava em casa até o fechamento desta edição.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]