O técnico do Paraná, Dado Cavalcanti, comentou a saída diretor de futebol do clube, o ex-goleiro Marcos Oliveira. Em uma mensagem de despedida, Marcão reclamou de ser um “diretor figurativo” e revelou bastidores da crise no Tricolor, relatando descompromisso de atletas e salários atrasados.
Dado nega que Marcão exercesse um cargo figurativo, se mostrou surpreso e triste com a partida do ex-diretor e garantiu esperar maiores esclarecimentos do ex-jogador sobre os temas levantados em sua carta de despedida.
“Lamentável. É uma pena. Na verdade eu fui surpreendido pela saída dele, porque não tive conversa com ele até a saída. Foi um dos caras responsáveis pela minha vinda para cá, é um amigo. Com tristeza eu visualizo a saída”, declarou Dado em entrevista na manhã desta terça-feira (19) no Ninho da Gralha.
O ex-goleiro assumiu o cargo de gerente de futebol logo após se aposentar dos gramados, em 2017. Foi promovido para diretor de futebol no decorrer de 2018, com a saída de Rodrigo Pastana (atualmente no Coritiba).
Em sua nota de despedida, Marcos indicou três pontos principais que o levaram a pedir demissão: a centralização de poder no clube, a manutenção de um atleta de 2018 para 2019 – à qual Marcos era contrário – e o fato de que seria um “diretor figurativo”, não tendo suas decisões respeitadas.
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Para evitar polêmicas, Dado não quis falar sobre as condições e pontos levantados por Marcos.
“Comentar o que ele escreveu é um pouquinho difícil, porque você traz interpretações. Ele não se expôs em colocar alguns nomes, mas colocou a coisa no ar. O mais importante, já que ele se colocou à disposição de responder à imprensa, é perguntar ao próprio Marcão. Seria bacana ouvir dele, o que ele tem a falar”, sugeriu o comandante.
Ainda segundo o treinador, Marcos era presente na comissão técnica e os dois debatiam muito medidas para o clube. De acordo com Dado, diversas ações foram feitas, portanto ele não acredita no cargo “figurativo” do ex-goleiro.
Questionado sobre um atrito entre o meia Maicosuel e Marcos, quando ainda estava no cargo, Dado não desmentiu o acontecimento, mas se esquivou de tomar uma decisão no momento. “Maicosuel hoje está no departamento médico. Então, essa ação, essa condição está presa ao departamento médico. Só após [ele ser liberado pelo DM] que vamos visualizar”, finalizou.
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