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O volante Caio Henrique tem usado a camisa 10 no Paraná Clube, mas ainda não convenceu como apoio ao ataque tricolor. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
O volante Caio Henrique tem usado a camisa 10 no Paraná Clube, mas ainda não convenceu como apoio ao ataque tricolor.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Contratado por empréstimo do Atlético de Madrid, o volante Caio Henrique, de 20 anos, tem sido alvo de críticas de parte da torcida do Paraná nesse início de Brasileiro. O jogador que surgiu como promessa nas categorias de base do Santos, e até rejeitou uma volta para a Vila Belmiro para defender o Tricolor, tem atuado mais adiantado no meio de campo paranista. Com isso, a responsabilidade pela falta de criação do time tem recaído sobre seus ombros. Uma injustiça, segundo o técnico Rogério Micale.

O treinador saiu em defesa do jovem atleta e fez questão de exaltar o comprometimento de Caio Henrique com o esquema de jogo. “Quem participa muito tem a tendência a errar mais. Trabalho com números, carga física, técnica. E o Caio me dá tudo isso. Preciso de jogadores que saibam preencher os espaços, que ataquem o adversário e recomponham rápido. Vejo nele esse potencial”, explicou o comandante paranista antes de o time entrar em recesso para a Copa. Micale destacou ainda que tem usado o jogador em várias funções diferentes.

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Apesar de mostrar-se satisfeito com o desempenho de Caio Henrique até a 12ª rodada do Nacional, o técnico admite que, assim como o torcedor, espera mais. Mas não apenas dele. “O Caio poderia estar melhor? Poderia. Se cobrar só dele esse rendimento total estaríamos cometendo uma injustiça com um jogador que muitos outros times queriam contratar”, concluiu o treinador.

Promovido a profissional na temporada 2016/2017, Caio Henrique foi pouco aproveitado pelo time principal do Atlético de Madrid – jogou apenas uma vez, em 2016, pela Copa do Rei. Fez ainda cinco jogos pelo time B madrilenho, em duas temporadas. O volante ainda não fez nenhum gol como profissional.

Em 12 jogos pelo Paraná, completou 982 minutos em campo, mais do que em toda carreira como profissional, de acordo com as estatísticas do site ogol – 893 minutos entre 2016 e 2018, por Atlético de Madrid e seleção brasileira sub-20. Na Vila, tem vestido a camisa 10, formando a meia-cancha ao lado de dois volantes mais marcadores (Torito González e Leandro Vilela ou Jhonny Lucas), assumindo a missão de apoiar mais o ataque. Deu duas assistências. Uma na derrota para o Santos, por 3 a 1, e uma na vitória sobre o Fluminense, por 2 a 1.

Com a chegada do meia Nadson , que negocia sua saida da Chapecoense para o time da Vila Capanema, Caio Henrique pode vir a atuar em sua posição de origem.

O Paraná volta aos treinos no dia 25 de junho.

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